ASSINE
search button

O Rio de Janeiro continua lindo

Compartilhar

A música “Aquele abraço”, composta pelo cantor Gilberto Gil, em 1969, que canta as qualidades e belezas do povo e da Cidade do Rio de janeiro, nunca foi tão certa, principalmente no que diz respeito à violência e à criminalidade. 

É logico que o estado possui grandes problemas e índices de criminalidade acima da média, mas a Cidade do Rio de Janeiro, mesmo assim, ainda está longe de ser uma das capitais mais violentas do Brasil e do mundo. Isso, mesmo! 

Segundo órgãos internacionais que monitoram a violência e a criminalidade, na lista das 50 cidades mais violentas do mundo, o Rio de Janeiro não aparece no ranking. Fato esse que é desconhecido pelos turistas estrangeiros que pensam em visitar a Cidade Maravilhosa, mas são afetados pelas imagens e notícias de violência no Rio. Imagens e notícias que, diga-se de passagem, são verdadeiras, mas ganham uma proporção maximizada pelo fato de o Rio de Janeiro ser uma cidade de prospecção em todo o mundo. 

Conforme os números apresentados pela Organização da Sociedade Civil Mexicana, das 50 cidades mais violentas do mundo, 19 estão localizadas no Brasil. E o Rio de Janeiro não aparece listada entre elas. 

Para a elaboração desses dados e do ranking – das cidades mais violentas – leva-se em conta a taxa de homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes. Como exemplo podemos citar a cidade de San Pedro Sula, em Honduras, que por quatro anos consecutivos ocupa o lugar de cidade mais violenta do mundo, com uma média de 171,2 homicídios por 100 mil habitantes. Só para compararmos, o Rio de janeiro possui a taxa de 22,3 homicídios para o mesmo grupo de 100 mil habitantes.

 Quando analisamos os dados das cidades mais violentas do Brasil, também chegamos à conclusão de que o Rio de Janeiro está longe de ser a capital mais violenta do país, ocupando apenas a 21ª posição. O que difere o Rio das grandes capitais do mundo é a concentração da violência nas grandes comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e o uso de armamento de guerra, fazendo com que os confrontos entre criminosos e policiais causem, na maioria das vezes, efeitos colaterais, como morte de policiais, morte de vítimas inocentes por balas perdidas e interrupção das vias expressas da cidade, causando pânico. 

É logico que nem só de homicídios se faz uma estatística de violência. Também devemos levar em consideração as taxas de roubos, furtos e golpes praticados nos grandes centros urbanos, principalmente contra os turistas. E, nesse critério, o Rio de Janeiro em nada se difere das cidades turísticas de alguns dos principais países da Europa, que segundo o site “Money” possuem um índice de 8% a 21% de reclamações de turistas vítimas de algum tipo de violência. 

Essas taxas são minimizadas no Rio de Janeiro pela atuação do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas, que conta com policiais especialmente treinados e fluentes em vários idiomas, em todos os pontos de visitação da cidade, garantindo a segurança dos turistas nacionais e estrangeiros e realizando o pronto atendimento em caso de combate à criminalidade.

* Especialista em Segurança Pública; presidente do Instituto de Criminalística e Ciências Policiais da América Latina