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Cirurgias robóticas ganham mais espaço no Brasil

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A cirurgia robótica pode parecer coisa do futuro, bem estilo Jetsons, mas ela está mais perto do que se imagina. “Usar robôs na cirurgia é cada vez mais comum, só nos EUA 90% das cirurgias já são feitas com o auxilio das máquinas’, explica Mauricio Rubinstein, pioneiro na cirurgia robótica no Rio de Janeiro e Fellow em Laparoscopia Urológica e Cirurgia Robótica na Cleveland Clinic. 

No Brasil são 23 robôs Da Vinci. O Rio foi o primeiro estado do país à receber o robô, que chegou ao INCA e ao Samaritano em 2012, e hoje já são 4 em hospitais diferentes, e que podem fazer cirurgias em diversas áreas, como próstata, cabeça, pescoço, entre outras.

A grande vantagem da cirurgia robótica é, sem dúvida, a precisão. “O robô também atribui à cirurgia minimamente invasiva, menos dor, menos chances de sangramento e portanto menos chances de transfusão sanguínea, além de recuperação pós operatória mais rápida, menos uso de analgésicos no pós, mais rápida a volta as atividades e menos tempo de hospitalização”, conta Mauricio. O Dr Mauricio Rubinstein opera muitos pacientes com câncer de próstata usando o robô.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Abaixo o Dr Mauricio tira 5 dúvidas sobre a cirurgia robótica:

Qual o tamanho da incisão? 

Diferente da 1 cm em media, em cirurgias normais podem ser de até 30cm.

Como é a cicatriz? 

Na próstata fica em cima do umbigo e tem tamanho de 2 a 3 cm.

Qual é o tempo de recuperação? 

São 20 dias para voltar às atividades.

E o tempo de internação?

Em média de 24 a 48 horas.

É preciso uma equipe grande? 

Não, normalmente a equipe conta com 4 pessoas. O médico controla o robô à distância, usando joysticks, o aparelho também tem um projetor 3D que amplia a imagem. 

Existe risco nesse tipo de cirurgia? 

O risco principal é procurar um bom cirurgião. O robô não apresenta riscos, mas sim a formação do cirurgião, que é essencial. O robô facilita ao bom especialista alcançar melhores resultados. O risco técnico existe, mas é mínimo. Se há um problema, o médico continua a cirurgia com a laparoscopia. Por isto é essencial esta formação.