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Nova vacina contra malária será testada em 3 países africanos

OMS espera vacinar 360 mil crianças entre 2018 e 2020

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A mais avançada vacina contra a malária será testada em grande escala em três países africanos: Gana, Quênia e Malauí. O anúncio foi feito na última segunda-feira (24) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que espera vacinar 360 mil crianças entre 2018 e 2020. 

Em evento realizado na véspera do "Dia Mundial da Malária", celebrado nesta terça-feira (25), a OMS informou que o projeto piloto será distribuído nos países que já participaram de testes anteriores. A vacina será administrada em quatro doses, sendo uma vez por mês durante os três primeiros meses. Já a quarta injeção será aplicada apenas depois de um ano e meio.    

"A informação obtida neste programa piloto nos ajudará a tomar decisões para estender o uso desta vacina", declarou Matshidiso Moeti, diretora regional para África da OMS em um ato realizado em Nairóbi.    

A vacina é considerada necessária para o "golpe final" na doença, que ainda mata uma criança a cada dois minutos em todo o mundo. De acordo com os dados da organização, a malária foi a causa de morte de mais de 429 mil pessoas em 2015, a maioria delas crianças nascidas na África. Ao todo, foram registrados mais de 212 milhões de casos.    

O parasita da malária é transmitido pela picada da fêmea dos mosquitos do gênero Anopheles, que se alimenta de sangue.    

"Combinada com as medidas que já existem contra a malária, uma vacina assim teria potencial para salvar dezenas de milhares de vidas na África", acrescentou Moeti.    

A primeira vacina Mosquirix - conhecida por RTS,S - contra a doença foi desenvolvida e testada pela empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) em conjunto com a ONG Path Malaria Vaccine Initiative por mais de oito anos em sete países africanos. Ela é destinada para crianças.