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Autismo é tema de debate no Rio

Evento é direcionado a profissionais da área de saúde. Inscrições abertas.

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Para estimular o debate e o entendimento relacionados ao transtorno do espectro autista, a Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ) promove no dia 19 de outubro, às 21h, na sede da entidade, uma reunião científica sobre o tema.

O ponto de partida será o relato sobre a experiência de atendimento multidisciplinar com grupos de pais, mães e bebês até 3 anos com sintomatologia sugerindo transtorno do espectro autista,  durante cerca de dois anos no Centro de Atenção Psicossocial (Capsi) de Macaé. 

A apresentação será feita por Eliane Pessoa, psicanalista membro da SBPRJ e supervisora do projeto no Capsi Macaé, com outras profissionais do projeto: as psicólogas Carla Boy e Iasmin Morinigo; a psiquiatra de criança, Paula Ferraz; e a terapeuta ocupacional, Sueli Benanti.

“O transtorno do espectro autista faz parte da clínica psicanalítica do bebê e da sua família que, por definição é voltada para os transtornos do relacionamento entre o bebê e sua família, qualquer que seja a sua causalidade. No caso deste transtorno, consideramos que ele tem uma causalidade multifatorial, que implica no trabalho de uma equipe multidisciplinar, com necessidade de atendimento a longo prazo. O foco desta clínica é relacional. Em tese, não é ao bebê, nem à mãe, nem ao pai e cuidadores que é dirigido o atendimento, mas sim à interação entre eles. Buscamos ter uma visão multifocal. Também nos interessa o contexto social na qual esta situação acontece e qual a resposta da sociedade frente ao adoecimento das suas crianças”, explica a psicanalista Eliane Pessoa, especializada na clínica bebê-família.    

A psicanalista também chama atenção para a importância da avaliação precoce. “Os três primeiros anos de vida são fundamentais para a constituição do psiquismo, do relacionamento com o outro, da ligação com a realidade externa, da relação com o social, da confiança no outro. A elasticidade do cérebro humano neste período pode oferecer enormes perspectivas preventivas e terapêuticas, mas também importantes riscos de perturbação. Por isto é fundamental que os bebês sejam encaminhados para uma avaliação o mais precocemente possível, antes que certas situações se cristalizem. O bebê transmite sinais, seu desenvolvimento pode parar, ele apresenta comportamentos e  emoções que precisam ser compreendidas”, diz.

A reunião científica é voltada para profissionais da área de saúde. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas antecipadamente mediante pagamento de taxa de R$ 20,00.

Serviço: Espectro do Autismo na SBPRJ

Dia: 19 de outubro (quinta-feira), às 21h

Local: Rua David Campista, 80, no Humaitá (SBPRJ)

Taxa: R$ 20,00 – Público externo

Mais informações: (21) 2537-1333 ou 2537-1115

Realização: Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ)