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Descansou e treinou, piorou...

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Não há justificativa plausível para a derrocada do Flamengo no pós-Copa. Nem a saída de Vinícius Jr., nem a maratona de agosto são motivos suficientes para explicar queda de rendimento tão acentuada. Ainda mais após um período longo de descanso e treinamentos – durante o Mundial da Rússia. É sintomático o fato de o técnico Maurício Barbieri ter tido todo esse tempo para treinar e, exatamente após esse período, a equipe rubro-negra ter piorado tanto.

A escolha do “estagiário” para estrear na Série A, dirigindo um clube do porte (e da pressão) do Flamengo, sempre me fez torcer o nariz. Se no início os resultados chegaram a dar a impressão de que seu trabalho poderia ter êxito, o que se vê depois da Copa coloca em xeque a opção e, salvo um título da Copa do Brasil, e um final de Brasileiro digno, praticamente sela seu destino na Gávea. Renato Gaúcho e Abel são os favoritos destacados para treinar o Mais Querido na temporada de 2019, sob nova administração, pois com os pífios resultados atuais, Eduardo Bandeira de Mello não elege ninguém.

Inexperiência e indecisão

Enquanto estiver no cargo, Barbieri precisa decidir quais são os seus prediletos para o ataque do Flamengo e deixá-los jogar o suficiente para que se firmem, ou se queimem de vez. Vitinho, por exemplo, tem que ser titular absoluto e não ficar sendo substituído durante os jogos, como tem acontecido. É infinitamente melhor que Marlos Moreno e precisa de ritmo e entrosamento com os novos companheiros.

O mesmo pode-se dizer de Uribe. Não o contrataram como substituto de Guerrero? Então, que o deixem jogar. Esse entra e sai, com Dourado, não faz o menor sentido. Idem para Lincoln. Se o garoto for o escolhido, que seja mantido numa sequência, para ganhar confiança.

O esquema de arame liso (que cerca, cerca e não machuca ninguém) também precisa ser revisto. E a possibilidade de passar a jogar com dois volantes – Cuellar e Piris da Mota – é uma alternativa que, pelo menos, protegeria um pouco mais a zaga, que anda falhando constantemente. Mas, seja qual for o número de volantes, é fundamental que o time ganhe mais objetividade no ataque, seu maior pecado, no momento.

Como bem disse, Petkovic, no Seleção SporTV de ontem, Barbieri precisa ser fiel às suas convicções e seguir com elas, para o bem ou para o mal. Caso contrário, se continuar mudando jogadores e de direção, como uma biruta no vento, a equipe ficará perdida, como tem se mostrado no pós-Copa, onde o maldito chuveirinho voltou a ser a principal arma de um Flamengo sem a menor imaginação.

Fraco, mas arrumado

Ao menos pelo que se viu no empate com o Cruzeiro, a formação do Botafogo com três volantes no meio-campo arrumou a equipe, que se mostrou bem armada e poderia até ter vencido, não esbarrasse nas conhecidas limitações técnicas da maioria de seus jogadores. Diante do risco real de rebaixamento, Zé Ricardo optou por fechar a casinha e lutar apenas pelos pontos necessários para escapar do Z-4. Faz bem, por mais que esse papel menor não combine com a grandeza da história do Glorioso.

Viúva Porcina

Jair Ventura é o novo técnico do Corinthians, substituindo Osmar Loss, o estagiário do Timão. Não custa lembrar, Jair era também um principiante, quando substituiu Ricardo Gomes, no Botafogo, em 2016, e obteve relativo sucesso, não conquistando títulos, mas sendo considerado a revelação do Campeonato Brasileiro. Daí foi para o Santos, onde fracassou. Ao menos por enquanto, tal como Zé Ricardo, não passa de uma promessa de treinador de ponta. Se conseguir sucesso no clube paulista, aí sim, poderá mudar de patamar. Por enquanto, não passa de uma Viúva Porcina da boca do túnel, aquela que foi sem nunca ter sido.

Temperatura máxima

Rafael Nadal enfrenta Juan Martin Del Potro e Novak Djokovic duela com Kei Nishikori, nas semifinais de hoje, do US Open. Dois jogaços. A expectativa é grande por uma final entre Rafa e Nole, mas depois que o australiano John Milman eliminou Roger Federer, é recomendável respeitar as zebras, em Nova York. Em princípio, creio que Delpo pode dar mais trabalho a Nadal do que Nishikori a Djoko.

Diante da alta umidade e das elevadas temperaturas, provocadas pela menor circulação do ar na quadra central depois que a nova cobertura retrátil foi instalada, estuda-se a possibilidade de que as semifinais e a final sejam disputadas com o teto fechado e o ar condicionado ligado.

Enganadores incompetentes

Lembra daquele papo furado de que agora, por causa da Liga das Nações (começou ontem), seria praticamente impossível enfrentar os europeus, em amistosos? Pois bem. O Peru enfrentará a Alemanha, no próximo domingo. Enquanto isso, o Brasil jogará com os Estados Unidos e El Salvador. A CBF e sua comissão técnica, dirigida por Tite, são uma piada. De mau gosto. Pelo visto, continuaremos com os joguinhos Me Engana que Eu Gosto contra sul-americanos, feitos sob medida para encher a bola do encantador de serpentes, até a próxima Copa quando, uma vez mais, seremos eliminados por europeus.