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Blusas do babado

IESA RODRIGUES ( [email protected] )

Segundo Carl Köhler, autor do livro História do Vestuário, as camisas masculinas brancas com babados eram usadas pelos franceses no século 17, ainda no auge da realeza. Uma moda também conhecida como Romântica (que deu inspiração para o estilo Néo-Romântico nos anos 1980), bem distante da austeridade do estilo vitoriano inglês, quando a alfaiataria ganhou ares sóbrios e foi a prévia do terno tradicional.

 

 

Mas chamar de vitoriana ficou mais fácil, e as blusas brancas voltaram com tudo, com este adjetivo.

Se a camisaria branca já faz sucesso há alguns anos _ basta lembrar dos modelos assinados por Lenny Niemeyer, Aline Rocha, Carla Roberto, Bianca Gibbon _, as blusas trabalhadas voltam em tecidos que compensam o custo de confeccionar babados e bordados. Porque se as originais dos tempos de Luiz 14 seriam em sedas e rendas, as modernas podem ser de modal, o tecido derivado de fibras vegetais.

Estas blusas, agora no guarda-roupa feminino, dão um contraponto às previsões de tendências minimalistas, confortáveis e de fácil manutenção. É a eterna contradição das modas, inclusive no modo de usar: esqueçam das casacas masculinas, dos filmes tirados dos romances de Jane Austen. As adeptas destas belas peças, que fazem parte de coleções como do piauiense Otavio Meneses, contrastam o luxo das blusas complementando com calças jeans, tênis, sapatilhas.

 

 

Nos palcos, os babados já estiveram nos looks de Boy George, agora estão nos figurinos de grupos KPop como o Super Junior, que vestiram as camisas brancas românticas na encenação da música Burn the Floor. durante a turnê que passou pelo Brasil em fevereiro.

 

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