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Casa da Mãe Joana

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Ao que tudo indica, a Casa de Cultura Laura Alvim, um espaço pertencente ao governo do estado, virou galeria particular. Uma turma que entende do mercado das artes e esteve por lá esses dias visitando a exposição da artista plástica Paula Klein, não deixou de reparar em um detalhe. Bolinhas vermelhas e amarelas ao lado de algumas peças. Essas bolinhas, nas galerias particulares, têm significado. As amarelas indicam que a obra está reservada para algum comprador enquanto as vermelhas informam que já foi vendida. Expor trabalhos em um espaço público de prestígio confere maior valor a um artista e é até natural que seu curador leve um interessado para conhecer uma obra e depois negociá-la fora dali. O que espanta na Laura Alvim é a forma escancarada com que isso está sendo feito. Artistas plásticos ouvidos pela coluna confirmaram que acordos desse tipo não chegam a ser uma novidade. Com os centros culturais à míngua, alguns administradores recorrem a parcerias com artistas que montam suas exposições, por sua própria conta e risco, e em contra-partida chegam a deixar até 20% do que for vendido. Mas isso nunca foi feito às escâncaras e ainda deixa margem para muitas dúvidas. Como tem sido contabilizadas essas contra-partidas? Um espaço institucional não pode servir como plataforma e, em última instância, viabilizar ou patrocinar lucros privados. É a bandalheira geral.

Outros tempos

Em gestões anteriores, a Casa de Cultuira Laura Alvim tinha programas bienais e curadores importantes, como Ligia Canongia, Fernando Cochiarale e Gloria Ferreira. Eles tinham orçamento para viabilizar as exposições de nomes de relevo como Luiz Zerbini, Ernesto Neto, Antonio Dias e Laura Lima, entre outros. As coisas, pelo visto, mudaram não é mesmo?

Turn down for what?

Guilherme Boulos contou ontem uma boutade do último debate entre os presidenciáveis. Ao apagar as luzes em um dos intervalos, ele voltou-se para Bolsonaro e disse: “Não entendi deputado. O senhor defende colégios militares disciplinadores e me aparece aqui de cola na mão?” Bolsonaro fez que não ouviu.

É o cara

E o Mauro Macedo na Prefeitura, hein? Está batendo um bolão.

Marcado em cima

Na madrugada deste sábado, Willians Domingos Fernandes foi pego pela blitz da Lei Seca, na Avenida Lúcio Costa, na Barra. Trata-se do volante que jogou quatro anos no Flamengo, passou por Corinthians e Cruzeiro e chegou a defender o Udinese, da Itália. Além de não possuir carteira de habilitação, se recusou a fazer o teste do bafômetro. Willians foi autuado e o veículo liberado após a chegada de um condutor habilitado.

Rap do apocalipse

O cidadão Tales Volpi, que se apresenta como o MC Reaça, bombou nas redes este fim de semana com um rap de apoio a Jair Bolsonaro. É uma adaptação de “Baile de Favela”, do CJ João, só que com versos grosseiros do tipo: “Dou pra CUT, pão com mortadela/E pras feministas, ração na tigela/As minas de direita, são as top mais bela/enquanto as de esquerda tem mais pelo que cadela”.

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LANCE LIVRE

O produtor Luis Carlos Barreto será o grande homenageado do 25° Festival de Cinema de Vitória, no dia 6 de setembro. Beth Carvalho e Fundo de Quintal se unem para celebrar os 40 anos do “De Pé no Chão”, produção de Rildo Hora, no próximo sábado no Km de Vantagens Hall. A mostra “Traços Brasileiros – A Cultura Brasileira pela ótica de artistas plásticos” está em exposição no Centro Cultural Light até o dia 6 de setembro.

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