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Privacidade x Segurança

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A tecnologia de reconhecimento facial recém-instalada no Aeroporto Internacional Washington Dulles ajudou a prender a primeira pessoa. Um homem de 26 anos mostrou um passaporte francês na chegada de um voo de São Paulo, no Brasil, mas o software sinalizou que seu rosto não combinava com a foto do passaporte. Ele foi interrogado, e uma busca revelou sua identificação real, da República do Congo, que estava em seu sapato. O Ministério Público americano decidiu não processar o homem e ele deixou os EUA na noite da última quarta-feira. Seu nome não foi divulgado. Essa é a primeira vez que um impostor foi pego, com a ajuda dessa tecnologia, que estava em uso por lá desde segunda-feira.

Casey Durst, diretor do escritório do US Customs and Border Protection em Baltimore, disse em um comunicado que “terroristas e criminosos buscam continuamente métodos criativos para entrar nos EUA, inclusive usando documentos verdadeiros roubados”. Ele complementou dizendo que “a nova tecnologia de reconhecimento facial praticamente elimina a capacidade de alguém usar um documento original que foi emitido para outra pessoa. Atualmente existem 14 aeroportos usando esse sistema de reconhecimento para rastrear passageiros internacionais. O órgão disse estar avaliando se o método pode ser parte de um processo no qual os viajantes usam biometria em vez de cartões de embarque físicos ou identidades para passar pela segurança.

Se por um lado a tecnologia pode ajudar na segurança, por outro, questões éticas sobre privacidade emergem e retomam a velha discussão. Para os otimistas, um outro fato reforça argumento a favor da inserção da tecnologia de reconhecimento facial em todos os lugares possíveis. A polícia da cidade indiana de Nova Delhi identificou quase 3 mil crianças desaparecidas em apenas quatro dias após o lançamento de seu novo sistema com a tecnologia, que foi usada em cerca de 45 mil crianças em toda a cidade, das quais 2.930 foram reconhecidas como desaparecidas. Agora, oficiais estão no processo de reuni-los com suas famílias, segundo relatos da mídia local. “O país tem hoje quase 200 mil crianças desaparecidas e cerca de 90 mil foram alojadas em instituições de atendimento infantil”, disse um porta-voz do grupo Bachpan Bachao Andolan, que dá suporte às famílias dos desaparecidos. Dado que a descofiança é a mãe da segurança, vamos ver para onde vai o eterno pêndulo “privacidade x segurança”, que seguirá marcando nossas vidas em tempos cada vez mais expostos.

Fique fora do meu território

Até quem não viu “Breaking Bad” sabe que o Professor de Química soube jogar o jogo da estratégia. Entrar no seu território não foi tarefa fácil. Por outro lado, ainda não estão claras as razões, mas parece que tanto Amazon, quanto Alphabet, empresa da qual o Google faz parte, e Apple enxergam as coisas de maneira diferente do Sr. White. Pelo menos quando olhamos para o mercado de assistentes pessoais. Um assistente pessoal digital é um serviço que reside na nuvem e foi projetado para ajudar seus usuários a realizar tarefas que incluem responder perguntas, gerenciar horários, controlar a casa e tocar música. Esse mercado, que certamente crescerá de forma bastante significativa nos próximos anos, já tinha ganho a Microsoft, que sempre é um concorrente de peso, e agora terá Samsung presente no ambiente competitivo. Resta saber qual será o próximo gigante a bater nessa porta.