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Nas ruas, as vítimas da perversidade da elite brasileira

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Uma das frases mais ouvidas ultimamente na cidade do Rio de Janeiro é sobre a mudança no cenário das ruas. Sim, as ruas estão cada vez mais ocupadas por uma legião de pedintes. Uma população que não é a clássica e histórica população moradora das esquinas e marquises. 

É impossível não vê-la crescendo a olhos nus. São as vítimas da perversidade da elite brasileira. Uma elite voraz, perversa é vingativa.

A questão é que não basta apenas a tentativa de moralizar a "coisa" pública ou saciar a "sede" de justiça de uma opinião pública extremamente volúvel. O que fazer com estas pessoas, que caminhos apontar, como voltar a oferecer aos (às) mais jovens a possibilidade de ter perspectivas?

E aqui falo dos e das jovens negros(as), que neste contexto são profundamente penalizados(as). São os(as) mais vulneráveis às violências e não recebem de forma alguma a ação de políticas públicas eficientes e eficazes. 

É desesperadamente urgente que algo seja feito para no mínimo, reduzir os danos que já são enormes. 

*Colunista, Consultora na Ong Asplande e Membro da Rede de Instituições do Borel