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Um ano que chega ao fim inacabado

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Novembro chegou e parece potencializar o sentimento de início de fechamento de ciclos. Mas mesmo com essa sensação, muitos parecem que não conseguirão chegar no ponto de fechamento. 

Algumas questões estão com cara de ficarem com alguma pendência. A maior delas é a tragédia de Mariana e a contaminação do ecossistema da região. 

Uma prova dura e real do que o racismo ambiental pode produzir. A banalização e a naturalização das injustiças sociais e a desumanização dos pobres se materializam naquele desastre. 

E na esteira das incompletudes, a saúde segue resistindo. Espaços como a Casa Elos, que acolhia mulheres grávidas ou com filhos e usuárias de crack na região de Jacarepaguá, deixaram de funcionar. 

Outra porta entreaberta é a Segurança Pública, resultado da manutenção de um modelo esgotado e incapaz de produzir algo que mude a vida das pessoas efetivamente e que ao invés disso vem produzindo um número absurdo de perdas de vidas. 

Enfim, seguimos na luta por dias melhores, sempre. 

* Colunista, Consultora na ONG Asplande e Membro da Rede de Instituições do Borel