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O medo da eleição de um candidato trabalhador 

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O medo de um único candidato do povo faz muitos políticos, aliados e até a justiça correrem contra o tempo. Ocorre que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que julgará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância, acelerou nos últimos meses, a tramitação dos processos, reduzindo a metade do tempo que antes era gasto com as ações. Quanta agilidade. Sabemos que a velocidade pode ser para atender a tempo o julgamento do ex-presidente que, se condenado em segunda instância, pode ser impedido de concorrer em 2018.

Na verdade, o medo não deveria ser de um candidato, mas sim dos milhões de trabalhadores deste país que estão sendo saqueados em seus direitos trabalhistas e sociais nos últimos meses, e que não vão eleger nenhum candidato almofadinha, seja de partido A ou B. O povo quer se ver representado por um trabalhador, e não vai ser impedindo Lula que não encontraremos outro trabalhador para nos representar. 

Somos milhões de trabalhadores acostumados a acordar cedo, pegar ônibus lotado, comer o que há para comer e correr atrás de nossos objetivos e do sustento de nossas famílias. Tudo sempre com muito esforço. Não podemos e não vamos eleger os ricos e afilhados políticos que não sabem nem de longe o que é a vida de um trabalhador. Ricos que tiram os direitos dos trabalhadores, sugerem ração para nossas crianças e aparecem na lista da Odebrecht não serão escolhidos pelo povo trabalhador.  

O Brasil vive a cada dia um golpe contra os trabalhadores e as urnas provarão a insatisfação e a força do povo trabalhador. 

* Davison Coutinho, morador da Rocinha desde o nascimento. Bacharel em desenho industrial pela PUC-Rio, Mestre em Design pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer e liderança comunitária na Comunidade