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A manutenção de uma realidade fracassada no Rio de Janeiro

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É inacreditável a manutenção de uma realidade já há muito fracassada no Rio de Janeiro. A rotina de incursões nas favelas já beira a insanidade. O que assistimos na Maré nesta terça-feira (5) e a mulher baleada no Alemão, com a morte do seu bebê, baleado intra-útero, atestam isso. 

Relatos de moradores dão conta de que tiros partiam de um helicóptero da polícia para o chão. A questão é o saldo destas operações até agora, mudaram em que ponto a realidade da situação atual no que se refere à circulação de armas e drogas. 

O saldo real se traduz na vitimização de civis, adultos e crianças. Na verdade as mulheres e as crianças são os maiores atingidos. 

Há um ditado que diz que se quisermos de verdade uma mudança em uma situação, devemos mudar o jeito de incidir sobre ela. 

Utilizar os mesmos métodos esperando resultados diferentes é um equívoco. E o equívoco em questão tem como resultado a perda de vidas. 

Absurdos que se avolumam sem que haja nem um só pronunciamento, que oficialmente dê conta de que os resultados têm produzido um saldo positivo na chamada política de combate às drogas. Nós daqui seguimos na luta pela vida e por mais inteligência.

* Colunista, Consultora na ONG Asplande e Membro da Rede de Instituições do Borel