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Museu do Amanhã dedica semana para programação com temática sobre matriz africana

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A candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio Mundial pela Unesco inspirou o Museu do Amanhã e a Comissão de Matriz Africana – criada pela instituição – a pensarem em uma séria de atividades para dar luz à disputa. De 24 de junho a 1º de julho, a programação será ligada à região portuária e à diáspora africana com a realização de seminários, rodas de conversas, aulas, feira, performances artísticas e exibição de filmes.  O anúncio que poderá dar maior destaque à principal porta de entrada de homens e mulheres africanos escravizados nas Américas e um dos únicos pontos de desembarque do tráfico negreiro ainda preservado será no início de julho. Todas as atividades do Vivências do Tempo - Matriz Africana são gratuitas. Confira a programação completa no site. 

O Banquete Ubuntu – termo africano que significa “Eu sou porque nós somos” – iniciará as atividades no sábado (24/6). A feira multicultural, ao ar livre, contará com cerca de 30 barracas, com participação de refugiados e Sabores do Porto, nos jardins do Museu. Ainda haverá a lavagem pelo grupo Axé Filhos de Gandhi – que tradicionalmente realizava a atividade no local, antes da construção do Museu do Amanhã –, oficina do Passinho Carioca, apresentação do Jongo da Serrinha e a plantação simbólica de um “Baobá” no Átrio do Museu – que permanecerá durante toda a semana. 

Um dos destaques da programação será a 3ª edição do Mauá 360, projeto realizado anualmente pela equipe de Relações Comunitárias da instituição, na terça-feira (27/6). O seminário abordará as matrizes africanas no Brasil e nas Américas e funcionará como uma grande aula aberta ao público, com ações culturais para jovens estudantes e moradores da região. Entre os convidados para o evento estão: William Pretzer, historiador-chefe do Smithsonian National Museum of African American History and Culture (NMAAHC); Paul Gardulho, curador do NMAAHC; Thierry L’Etang, antropólogo responsável pelo projeto científico e cultural do Memorial ACTe; e ainda o antropólogo Milton Guran; a arqueóloga Rosana Najjar; a jornalista Flavia Oliveira entre outros.

“O Museu do Amanhã é muito recente nesta área, mas estamos localizados em uma região de história densa, que contou com extraordinária contribuição dos africanos. Infelizmente essa é uma história pouco conhecida e compreendida pela nossa sociedade. Esse passado e também o nosso presente precisam ser contados, ouvidos e recontados. Como o Museu, temos orgulho de estar nessa região e de poder contribuir com esse encontro, e que seja apenas o prelúdio para o devido reconhecimento da importância dessa candidatura, das reflexões e possibilidades de transformações que pode trazer”, explica Laura Taves, gerente de Relações Comunitárias do Museu do Amanhã.

Programação Vivências do Tempo – Matriz Africana:

24.06 (sábado) |10h - 18h |Banquete Ubuntu | Jardins do Museu do Amanhã

Feira multicultural, ao ar livre, terá cerca de 30 barracas. Participação de refugiados, Sabores do Porto, oficina do Passinho Carioca e apresentações do Jongo da Serrinha e Axé Filhos de Gandhi. 

25.06 (domingo) |15h – 17h30|Vivências – Corpo Mulher | Átrio do Museu do Amanhã

Programação iniciará com a performance Bombril, da artista mineira Priscila Rezende, que areia panelas com o próprio cabelo. E ainda estão previstas rodas de conversa com mulheres abordando temas como, política, costumes, alimentação, estética, e em como se dá o tempo no corpo da mulher africana e da mulher afro brasileira. 

27.06 (terça) | 9h – 18h |Seminário Mauá 360 – Cais do Valongo | Auditório do Museu do Amanhã

Ponto alto da programação, a 3ª edição do Mauá 360 tratará sobre as matrizes africanas no Brasil e nas Américas. Alguns convidados: William Pretzer, historiador-chefe do Smithsonian National Museum of African American History and Culture (NMAAHC); Paul Gardulho, curador do NMAAHC; Thierry L’Etang, antropólogo responsável pelo projeto científico e cultural do Memorial ACTe; e ainda o antropólogo Milton Guran; a arqueóloga Rosana Najjar; a jornalista Flavia Oliveira entre outros. 

28.06 (quarta) | 9h30 - 17h30|1º Seminário ESCRAVIDÃO E AÇÕES DE LIBERDADE – ACERVOS E REFLEXÕES | Auditório Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro

Programação externa: realização do seminário no Auditório do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura e o AGCRJ. 

28.06 (quarta) | 14h – 18h |Vivências – Identidade e Luta | Observatório do Museu do Amanhã

Por meio da exibição de filmes como Remoção, Contagem Regressiva, Menino 23 e DNA África serão debatidas diferentes questões da matriz africana. 

29.06 (quinta) | 15h – 17h |Vivências – Quilombo Amanhã | Observatório do Museu do Amanhã

Roda de conversa com temas relacionados a territorialidade e resistência afro-brasileira. 

30.06 (sexta) | 15h – 17h |Vivências – Corpo Homem | Átrio e Observatório do Museu do Amanhã

Apresentação do filme Deixa na Régua, com a presença do diretor Emílio Domingues. E ainda  roda de conversa com antropólogos e outros especialistas. 

01.07 (sábado) | 15h – 18h |Vivências – Ágora Negra | Átrio do Museu do Amanhã

Momento de troca e debate em roda de conversa. 

*No dia 26/6 (segunda-feira), o Museu do Amanhã estará fechado, mas a programação será externa com a visitação de palestrantes ao Galpão Arqueológico IRPH, Cais do Valongo e Pedra do Sal.

Vivências do Tempo – Matriz Africana

Museu do Amanhã – Praça Mauá 1, Centro

Tel.: 3812-1800

Período: De 24 de junho a 1º de julho

Funcionamento: De terça-feira a domingo, das 10h às 18h (com encerramento da bilheteria às 17h)

www.museudoamanha.org.br