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El Clarín: Argentina é o país com o menor crescimento na região desde 2012

Entre esse ano e 2015 o aumento do PIB será de apenas 0,5%, de acordo com analistas do setor privado

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O jornal argentino El Clarín publicou uma crítica às políticas econômicas do governo argentino, esta terça-feira (21). “De acordo com dados oficiais da região e projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), quando Cristina Kirchner deixar a presidência o país irá terá o menor crescimento acumulado em quatro, em comparação com os outros países da América do Sul”, diz o jornal.

Ainda segundo a publicação, entre 2012 e 2015, a Argentina enfrentará uma corrida ponto a ponto para aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em apenas 0,5%, de acordo com cálculos feitos por Guido Sandleris, reitor da Escola de Negócios e Diretor do Centro de Pesquisa Finanças da Universidade Torcuato Di Tella (UTDT), com base em estatísticas oficiais e as estimativas do FMI.

Com esta previsão de crescimento, o país ocupa o último lugar entre os doze países da América do Sul, até mesmo abaixo da Venezuela de Nicolas Maduro, em grave crise econômica, explica o jornal.

Para eles, o apoio político esmagador que o presidente boliviano Evo Morales recebeu nas urnas há 15 dias está relacionado com a economia. Segundo projeções, o crescimento acumulado da Bolívia entre 2012 e 2015 será de 24,1% no final do próximo ano. Atrás, aparecem Peru (22,1%), Paraguai (22%), Colômbia (19,2%) e Equador (18,8%).

Em ordem crescente, acompanhando a Argentina, que está em último lugar, vem Venezuela (2,7%), Brasil (5,3%) e Uruguai (14,4%). Embora a maioria dos números prósperos nos três países a decisão parece complicada em seus processos eleitorais. Enquanto Dilma Rousseff poderia perder com o escoamento social Aécio Neves no Uruguai é esperado uma luta renhida entre Vazquez e Luis Lacalle Pou oposição.

Na Venezuela, por sua vez, uma pesquisa de opinião pública dias atrás, diz o jornal argentino, estima que 64% dos venezuelanos acham que Maduro faz uma má gestão e apenas 28% acreditam que o presidente vai tirar o país da crise. Se hoje fossem feitas as eleições parlamentares previstas próximo ano, a oposição venceria com 45,2% dos votos, de acordo com o  Instituto Venezolano de Análisis de Datos (Ivad).

A Venezuela será novamente o país latino-americano com a maior inflação em 2014 (estava com medo chegar em torno de 64%). Atrás aparece a Argentina. De acordo com cálculos do Instituto Nacional de Estadística y Censos de la República Argentina (Indec) haverá um aumento de preços de 43% este ano.

A criação de empregos, segundo El Clarin, também sofre. Um estudo estima que, nos últimos três anos, a criação de emprego privado média anual foi quase três vezes menor do que entre  2001-2010.