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Dilma diz que ajustes são conjunturais e terão impacto positivo

Presidente inaugurou fábrica de carros em Goiana (PE)

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Ao participar da cerimônia de inauguração de uma fábrica de carros, nesta terça-feira (28), em Goiana (PE), a presidente Dilma Rousseff comentou a importância e a necessidade dos ajustes que estão sendo realizados e voltou a defender que as medidas terão impacto positivo no estímulo à economia e na atividade industrial, geração de emprego e renda.

“Os ajustes são conjunturais, eles são necessários, e nós estamos determinados a implementá-los. E conjuntamente com eles a implementar as condições para garantir a expansão não só da nossa infraestrutura, mas também, do mercado e da indústria automobilística neste momento seguinte. Tais ajustes, eles não vão ofuscar o fato que a indústria automotiva no Brasil, hoje, deu passo à frente, ela está mais globalizada com empresas provenientes de um número bem maior de países cujos resultados serão cada vez mais importantes para suas matrizes”, salientou.

Dilma disse ainda que o governo não ignora a desaceleração enfrentada pelo Brasil e trabalha com empenho para garantir o crescimento da demanda e da produção. “Não ignoramos as dificuldades e desaceleração que o Brasil passa nesse momento mas, dentro da certeza do compromisso e do empenho do meu governo em trabalhar para aprimorar as bases para garantir o crescimento da demanda, da produção e do desenvolvimento social e regional do país”.

No discurso, Dilma disse trabalhar para criar ambiente de negócios mais favorável à indústria brasileira. “Nós também queremos ser, além de uma plataforma de produção, uma das principais bases de inovação da indústria automobilística mundial. É este o sentido do Programa Brasil Maior. Nós desejamos que as indústrias automobilísticas aqui instaladas, e as que venham a se instalar desenvolvam novas peças, novos processos e novos automóveis”, disse.

Dilma ressaltou que a instalação da fábrica em plena Zona da Mata pernambucana demonstra a preocupação do governo federal com o desenvolvimento regional do país.

“A escolha de Goiana decorre também de uma decisão clara do governo federal de ajuda e suporte a uma política de desenvolvimento regional e permite que o povo de Pernambuco possa ter aqui um polo industrial automotivo de imenso impacto para a geração de emprego e crescimento do estado”, garantiu.

Ao falar sobre a Refinaria Abreu e Lima, a presidente citou a Petrobras e reforçou a ideia de que a empresa virou uma página em relação à Operação Lava Jato, da Polícia Federal. No último dia 24, Dilma havia dito que a divulgação do balanço de 2014, da Petrobras, marca uma nova fase da empresa.

A fábrica para produção do Jeep inaugurada hoje tem como estratégia a produção de veículos para o mercado brasileiro e para exportação, partindo dessa base no Nordeste. O carro fabricado em Goiana sai da linha de produção com um índice de nacionalização de mais de 70%. O objetivo é chegar a 80%. O complexo empregará até o final do ano mais de 9 mil trabalhadores. Deste contingente, 82% são nordestinos e 78% pernambucanos.