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CVM proíbe fundos de investirem em bitcoins

O Brasil é mais um país a adotar restrições contra criptomoedas

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu nesta sexta-feira (12) um comunicado proibindo fundos de investimento e gestores de recursos de aplicarem em criptomoedas, como o bitcoin.

Segundo a autarquia, existem ainda "muitos riscos" associados a esse tipo de ativo, inclusive em termos de segurança cibernética e ligados à "legalidade futura de sua aquisição ou negociação". "Neste sentido, a área técnica da CVM informa [...] que as criptomoedas não podem ser qualificadas como ativos financeiros", diz o comunicado.

Ou seja, por essa razão, "não é permitida aquisição direta dessas moedas virtuais pelos fundos de investimento regulados", segundo o superintendente de relações com investidores institucionais da comissão, Daniel Maeda.

A CVM faz a ressalva de que está acompanhando as discussões em torno de investimentos em bitcoins e criptomoedas, mas diz que esse debate ainda é "bastante incipiente". Recentemente, o Banco Central do Brasil emitiu uma nota alertando para o risco de se investir em moedas virtuais, uma vez que elas não têm regulação.

Restrições

Na última quinta (11), o governo da Coreia do Sul anunciou que está preparando um decreto para proibir a negociação de criptomoedas. Já a China fará uma ofensiva contra os "mineradores", atividade de geração de bitcoins e que exige computadores superpotentes e, por consequência, bastante energia elétrica.

Pequim pediu aos governos provinciais que "guiem ativamente" as empresas a abandonarem as ações de mineração. Essas medidas afetaram a cotação da moeda, que está atualmente ao redor de US$ 13,4 mil, após ter ultrapassado os US$ 19,7 mil em dezembro.

Ainda assim, acumula de mais de 1.200% de valorização desde o início de 2017.