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Confiança do Consumidor sobe 7,2 pontos em um ano

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Mesmo com o recuo de 2,6 pontos de março para abril deste ano, o que fez com que o indicador caísse de 92 pontos para 89,4 pontos, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) aumentou 7,2 pontos em um ano (abril de 2017/abril de 2018) e se manteve positivo em médias móveis trimestrais.

A informação do divulgada nesta terça-feira (24), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Segundo os dados, tanto as avaliações sobre a situação atual como as expectativas em relação aos próximos meses pioraram.

O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,3 pontos, indo para 76,3 pontos e o Índice de Expectativas (IE) recuo 2,5 pontos, indo de 101,5 para 99 pontos.

A queda de março para abril, segundo a coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV, Seda Bittencourt, decorre do menor otimismo dos consumidores em relação à situação econômica.

“A queda da confiança em abril é uma devolução de mais da metade da alta do mês anterior. Consumidores de todas as classes de renda se sentem menos otimistas em relação à situação econômica nos próximos meses, influenciados, em parte, pela redução das suas expectativas sobre o mercado de trabalho”, disse a economista.

Cai otimismo sobre rumos da economia

A sondagem mostra que, entre todos os quesitos que integram o Índice de Confiança do Consumidor, a maior contribuição para a queda da confiança no mês foi dada pelo indicador que mede o otimismo com relação à economia nos meses seguintes, que caiu entre março e abril 7,3 pontos, passando de 118 para 110,7, o menor nível desde os 105,7 pontos de agosto de 2017.

Já em relação à avaliação dos consumidores sobre o momento, o indicador, que mede o grau de satisfação atual com a economia, caiu apenas 1,1 ponto, para 83,3 pontos. E o indicador que mede a situação financeira das famílias diminuiu 3,4 pontos, indo para 69,8 pontos.

“Em relação às perspectivas, tanto o indicador que mede a situação financeira das famílias quanto o ímpeto de compras de bens duráveis se mantiveram relativamente estáveis na margem”, explica o documento.

Classes de renda

A volatilidade com que o Índice de Confiança do Consumidor vem se comportando nos últimos meses, segundo a FGV, é reforçada quando a análise é feita por classes de renda.

“Houve queda da confiança em todas as classes de renda, exceto para as famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00”, constatou a pesquisa.

O estudo ressaltou que o destaque negativo ocorreu na classe de renda com menor poder aquisitivo (renda familiar até R$ 2.100,00 mensais) cujo índice caiu 14,1 pontos, influenciando a queda da confiança em abril. “Para esses consumidores houve piora da satisfação sobre a situação financeira no momento e redução do otimismo em relação à economia, às finanças pessoais, intenção de compra de bens duráveis e emprego”, explicou o levantamento.