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Deixa o moleque jogar! 

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Com um centroavante absolutamente inútil, como Henrique Dourado, e atacantes que estão longe de ter características de artilheiros, casos dos dois Éverton e do próprio Lucas Paquetá, como é possível que Carpegiani mantenha Vinícius Jr no banco?  O moleque ganhou o jogo sozinho em Guiaquil, evitando que o Flamengo fosse derrotado pelo Emelec e já ficasse em situação desesperadora na sua chave na Libertadores. Onde estão aqueles que o chamavam de Neguebinha, hein? A inveja é uma...

“Mea culpa”

 Antes do jogo do Vasco com a Universidad do Chile, escrevi que Rafael Vaz poderia ser o caminho das pedras para vencer os chilenos, mas (equívoco dos equívocos!) esqueci que na zaga cruz-maltina pontifica Paulão, zagueiro capaz de fazer o Vaz parecer uma mistura refinada de Figueroa, Luís Pereira e Gamarra! Queimei a língua e os vascaínos levaram uma chinelada em São Januário, tornando dramática sua situação no Grupo da Morte da Libertadores. Que presente de aniversário, hein, Zé Ricardo? Não é possível que não exista na base um garoto melhor que o tosco titular.

Cúmplice 

A Fifa estendeu por mais 45 dias, a suspensão do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Se ao final desse novo prazo, ele não for eliminado de vez do esporte, o órgão máximo do velho e violento esporte bretão  parecerá cúmplice de todos os crimes de corrupção dos quais o brasileiro é acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Enquanto não for expurgado de vez, Del Nero continuará a comandar o futebol brasileiro, por debaixo dos panos. Vide a recente articulação que tornou candidato único, nas próximas eleições da CBF, o seu apaniguado Rodrigo Caboclo.

Na vitória e na derrota 

Apesar da chapuletada de 5 a 0, no primeiro jogo, na Alemanha, a torcida do Besiktas lotou os 41 mil lugares do Vodafone Park, em Istambul, e cantou sem parar, incentivando seu time a uma virada mais que improvável.  Tecnicamente muito superior, o Bayern de Munique não tomou conhecimento da pressão e ganhou por 3 a 1, carimbando a passagem para as quartas-de-final da Liga dos Campeões. Mas os turcos não arredaram pé, prestigiando sua equipe até o fim. Isso é paixão.

Em tempo: uma das surpresas de Tite, na última convocação, o meia-atacante Talisca nem sequer foi titular no confronto com os alemães. Entrou no segundo tempo e teve atuação discretíssima. Fosse qualquer outro o treinador da seleção que o convocasse, existiriam especulações sobre interesses escusos na sua chamada. Inclusive, porque já se fala, nos bastidores, numa possível transferência para o Manchester City...

Onipresença (por Armando Nogueira) 

A imprensa uruguaia passara a semana inteira, destilando otimismo. Fazia uma única advertência: que o Peñarol tivesse cuidado com Pelé, que o marcasse de perto - e aí estaria a fórmula da vitória.  Em Buenos Aires, (...) os jornais exaltavam a escola do Rio da Prata, destacando, contudo, que era preciso ter todas as atenções concentradas em Pelé. Uma vez bem marcado, Pelé, ganharia o Peñarol. 

No hotel, antes de tomar o ônibus para o estádio, o técnico Bela Gutman recomendou: cerquem o Pelé e ganharemos. No vestiário, quase à hora de entrar em campo, o time do Peñarol foi convocado pelo técnico Bela Gutman: “Você, zagueiro-direito, só tem uma tarefa, hoje: marque o Pelé nas entradas dele pela meia esquerda. A cobertura será feita pelo zagueiro-interior-esquerdo”. Adiante, Bela Gutman chamou o zagueiro-interior-esquerdo: “ Você hoje só precisa fazer uma coisa: marque o Pelé naquelas entradas pela meia direita. A cobertura é do zagueiro-direito. O zagueiro-direito, por sua vez, será coberto pelo lateral quando Pelé vier pela meia.”  Bela Gutman chamou o goleiro: “Você fica de olho nas bolas pingadas na pequena área: cuidado com Pelé que é perigoso nas cabeçadas. Com outros, não precisa se preocupar. Chamou, por fim, os dois apoiadores e pediu que ajudassem os quatro zagueiros na missão incômoda, reconhecia, de marcar Pelé. Incômoda, mas não impossível. Afinal, Pelé não tem nada de super-homem. (...) Tudo perfeito, tudo assentado, o Exército Argentino conjugado ao Exército Uruguaio, com a cobertura da Marinha e da Aviação. Jogo lançado, Pelé marcado, Pelé marcadíssimo, Pelé ultramarcado, Pelé cercado, Pelé agarrado, Pelé derrubado, Pelé sufocado. Bola na área, gol de Pelé.

E tal e qual... 

O Chelsea foi ao Camp Nou com um esquema defensivo daqueles de levar a orgasmos os que adoram falar em “linha de cinco”, “duas linhas de defesa”, “marcação baixa”, “jogo apoiado” e outras baboseiras do gênero. O juiz iniciou o jogo, a bola chegou aos pés de Messi, gol do Barcelona - e início de mais um solo espetacular do argentino, protagonista da vitória.