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Sinal de alerta em noite chocha

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Com um minuto do primeiro tempo, Vinícius Jr. matou, de letra, uma bola longa que lhe fora lançada por Lucas Paquetá. A torcida rubro-negra, que voltou a encher o Maracanã, vibrou com a beleza do lance. Mas o que parecia ser o prenúncio de uma grande atuação não se confirmou. Ao contrário, o empate chocho de 0 a 0 classificou o Flamengo para as quartas de final da Copa do Brasil, mas acendeu também um sinal de alerta em relação ao jogo da próxima quarta-feira, contra o Emelec, pela Libertadores. É fato que a equipe de Maurício Barbieri está evoluindo. Mas ainda tem um longo caminho pela frente até se tornar de fato competitiva.

Números impressionantes 

Os balanços dos clubes de futebol do Brasil em 2017 revelam números impressionantes do Flamengo (R$ 648 milhões, no ano). Ele faturou mais de 100 milhões que o segundo colocado, o Palmeiras (R$ 503 milhões), mais que o dobro de Botafogo (R$ 264 milhões) e Fluminense (R$ 212 milhões) e mais que o triplo do Vasco (R$ 191 milhões). 

Se por um lado, tal resultado espetacular deve ser atribuído a gestão de Bandeira de Mello, por outro, demonstra como os resultados de campo, na mesma administração, ainda estão muito aquém do possível e do esperado. Se os azuis entendessem de futebol, não tinha pra ninguém no Rio, no Brasil e na América do Sul. 

Eis os faturamentos dos principais clubes do país, em 2017: 1) Flamengo: 648 milhões de reais. 2) Palmeiras: 503 milhões. 3) São Paulo: 482 milhões. 4) Corinthians: 391 milhões. 5) Grêmio: 364 milhões. 6) Cruzeiro: 344 milhões. 7) Atlético MG: 311 milhões. 8) Santos: 287 milhões. 9) Botafogo: 264 milhões. 10) Internacional: 245 milhões. 11) Fluminense: 212 milhões. 12) Vasco: 191 milhões. 13) Atlético PR: 161 milhões. 14) Coritiba: 119 milhões. 15) Bahia: 104 milhões.

Peneira 

As seguidas goleadas que o Vasco vem sofrendo evidenciam a limitação técnica de seu elenco, mas, acima de tudo, a debilidade do sistema defensivo. Adepto do futebol de toque de bola e de tomar a iniciativa dos jogos, o técnico Zé Ricardo, cujo trabalho vinha sendo elogiado até então e agora se vê em xeque, será obrigado a rever rapidamente seus conceitos. O velho e folclórico treinador Gentil Cardoso diria que a saída para os vascaínos é “arrecuar os arfe pra evitar a catastre”... 

Em tempo: não é possível que na base da Colina não haja um moleque melhor que o horroroso Paulão! 

Lição paraguaia 

A Justiça do Paraguai, quem diria, dá uma lição na do Brasil, negando recurso que tentava impedir a extradição de Nicolas Leoz, ex-presidente da Conmebol, envolvido até a raiz dos cabelos no esquema de propinas e lavagem de dinheiro desvendado pelo FBI. Ele estava até agora em prisão domiciliar no seu país, mas será extraditado em breve para os EUA onde, irá a julgamento, como foram o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e diversos outros cartolas corruptos do futebol mundial. 

Aqui no Brasil, entretanto, continuamos a proteger nossos bandidos. É brasileiro? Pouco importa que seja assassino, corrupto, ladrão, o que for. Daqui não saem, daqui ninguém os tira. Para gáudio de gente como Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, tal e qual Marin e Leoz, citados em diálogos comprometedores, que revelam a podridão da nossa CBF. Nem prisão domiciliar rola. Um verdadeiro escândalo. Impune, como tantas outras barbaridades do Brasil.

O Globoesporte.com revelou ontem vários dos diálogos gravados pelo empresário brasileiro J. Hawilla (um dos principais corruptores) que confirmam o nojento esquema de propinas. Vale conferir.

Bolinha murcha, bolinha cheia 

Novak Djokovic perdeu de novo. Já Rafael Nadal segue imbatível. Contra o argentino Diego Schwartzman, Rafa chegou ao inacreditável número de 50 sets seguidos sem derrota num mesmo piso (saibro), superando a marca de 49 de John McEnroe, no carpete. Somente uma zebra gigantesca parece capaz de impedir que triunfe na “Caja Mágica” da capital espanhola e, em seguida, conquiste o seu décimo-primeiro título de Roland Garros. A continuar assim, no ano que vem, o espanhol poderá dobrar o número de títulos do lendário Bjorn Borg, em Paris. Algo impensável na época em que o sueco brilhava intensamente no saibro e na grama. Alguém será capaz de bater um dia os feitos do Miúra?

Perseguição 

Logo que o técnico Ricardo Gomes deixou o Paris Saint-Germain e assumiu o Vitória da Bahia, passou a ser perseguido por um torcedor que, em todos os jogos, se postava atrás do banco de reservas e gritava: 

- Ô, Ricardo, você é burro, hein? Trocar Paris por Salvador! Vai ser burro assim no beleléu! 

Tempos depois, o treinador deixou o Vitória e foi dirigir o Sport Recife. “Pelo menos me livrei daquela mala”, pensou. Pois não é que no primeiro jogo do Sport, em Salvador, Ricardo ouve a conhecida voz, vindo de trás do banco, no Barradão: 

- Ô, Ricardo, você é ainda mais burro do que eu pensava. Primeiro, troca Paris por Salvador; agora, troca Salvador por Recife! Vai ser burro assim...