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Neymar pai ataca de novo

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A imprensa espanhola segue especulando sobre a possível transferência de Neymar para o Real Madrid. No pano de fundo da boataria, como de hábito, articulações do pai do jogador, emérito criador de turbulências na carreira do filho. Basta relembrar as saídas do craque, do Santos para o Barcelona e, posteriormente, do clube catalão para o Paris Saint Germain. Negociações sempre cercadas de confusões e histórias mal contadas, como a atual. 

A justificativa da ida para a França foi a tal meta de fazer do ex-santista o principal protagonista num grande time europeu e o melhor jogador do mundo – algo que parecia impossível, atuando, no Barça, à sombra de Lionel Messi. Qual o sentido, então, de voltar à Espanha, desta vez no Madrid, para jogar ao lado de Cristiano Ronaldo? 

Com certeza, Neymar ganhará milhões em mais essa mudança de clube. Mas não duvido que em pouco tempo volte se mostrar insatisfeito e frustrado por não ser eleito o melhor jogador do planeta. Algo que, pelo visto, só conseguirá, se vencer a próxima Copa do Mundo, porque, no Real Madrid, lado a lado com o CR7, esquece.

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Prima-dona 

O status de superstar com quem chegou a Paris e as inúmeras exigências que fez desde que pisou no Parc des Princes (tomar o posto de cobrador de pênaltis de Edinson Cavani foi apenas a ponta do iceberg) tornaram Neymar extremamente antipático no clube (leia-se jogadores, comissão técnica e funcionários) e no meio dos torcedores. Tudo talvez fosse perdoado caso ele tivesse conseguido levar o time ao título da Liga dos Campeões. Não conseguiu e, por isso, não deverá haver resistência caso o Real Madrid faça de fato uma proposta milionária por ele.

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Daniel Alves fora 

Era previsível. Após examinar o lateral-direito, em Paris, o médico da seleção, Rodrigo Lasmar, anunciou que Daniel Alves não tem condições de disputar a Copa da Rússia. É um tremendo desfalque porque nenhum de seus possíveis substitutos (Fagner, Danilo e Rafinha) joga futebol à altura daquele que, mesmo aos 35 anos de idade, o brasileiro do Paris Saint Germain ainda exibe. Problemão para Tite, que já será obrigado a contar com um Neymar vindo de séria contusão e um bom tempo de inatividade.

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Poupar ou não contra a Chape? 

A missão mais importante para o Flamengo, no momento, é derrotar o Emelec, na próxima quarta-feira e garantir assim a classificação para a próxima fase da Libertadores. Isso nem se discute. Mas, liderando o Brasileiro (algo que nem o mais fanático rubro-negro sonharia, no início do torneio), seria inteligente lançar uma equipe totalmente reserva, contra a Chapecoense, amanhã, em Chapecó? 

Como se sabe, num campeonato por pontos perdidos, todas as partidas são igualmente importantes. Na rodada deste final de semana, Palmeiras e Corinthians, seus mais próximos perseguidores, se enfrentam. Se derrotar a Chapecoense e o clássico de São Paulo terminar empatado, o Flamengo abrirá quatro pontos para os dois paulistas, que juntamente com o Grêmio, surgem como principais adversários do rubro-negro na luta pelo título. 

Com tudo que se tem à mão, em termos de avaliação física, nos dias de hoje eu pouparia apenas aqueles que os exames médicos apontam como realmente desgastados. A última vez que o Flamengo mandou a campo um time totalmente reserva foi contra o Fluminense, no carioquinha, e o resultado acabou sendo desastroso: 4 a 0 para o Flu. 

Em tempo I: quem eu gostaria de ver como titular, contra a Chapecoense, é o jovem Jean Lucas. O menino joga o fino da bola e, aposto, em breve começará a pedir passagem no meio-campo rubro-negro.

Em tempo II: quem eu adoraria ver poupado (pra sempre) é Renê, para que o peruano Trauco tenha a oportunidade de mostrar o absurdo que é a sua barração.

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Jogo de alto risco 

Em condições normais de temperatura e pressão, o Vasco pisaria o gramado de São Januário, amanhã, como franco-favorito contra o Vitória. Mas após as últimas goleadas sofridas pelo time de Zé Ricardo, o clima no velho estádio da Colina Histórica será extremamente tenso. Além da zaga desastrosa, um dos assuntos mais comentados nos bastidores vascaínos é o possível impeachment do presidente Alexandre Campello, que conseguiu a proeza de brigar com todas as correntes políticas do clube.

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Quem diria 

No primeiro jogo após bater o recorde de sets vencidos em sequência, num mesmo piso (50, no saibro), Rafael Nadal acabou batido pelo austríaco Dominic Th iem (7/5, 6/3), nas quartas de final do Masters 1000 de Madrid. Resultado surpreendente, apesar do reconhecido talento do adversário, porque, há três semanas, no saibro de Monte Carlo, o Miúra surrara Thiem, por 6/0, 6/2.  Com essa vitória, Dominic se torna uma zebra possível, em Roland Garros (onde, no ano passado, também foi espancado por Nadal). Ainda assim, se tivesse que apostar, continuaria a jogar todas as minhas fichas no espanhol de Mallorca.

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O Zap do Bagá 

Meu celular apita e quando vou conferir o Whatsapp, deparo-me com a seguinte pérola: 

- Chefia, com o Dani Alves fora, por que não o Rodinei? 

Pelo visto, o Bagá enlouqueceu...