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Que Tolima, que nada!

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E não é que foram lembrar do Tolima, na véspera do jogo de hoje, contra a Sérvia? Pelo amor de Deus. Não há nem termo de comparação. De mais a mais, se houver uma trágica eliminação na fase de grupos (a última vez que isso aconteceu com a seleção brasileira foi na Copa de 66, na Inglaterra), o vexame será infinitamente maior. Até pelo tempo de trabalho e pela enorme expectativa que se criou, após a brilhante campanha nas eliminatórias sul-americanas.

Em tempo: embora o Brasil ainda não tenha jogado na Rússia nem metade do que se espera, não creio em derrota para os sérvios, logo mais. Seria, realmente, o fim do mundo! O empate basta para classificar os brasileiros, e os sérvios precisam, desesperadamente, da vitória. Se houver paciência, dá até pra ganhar com certa folga e garantir o primeiro lugar do grupo.

Demagogia barata

Dizer que também chorou, por causa de uma vitória do Brasil (contra o Equador, em sua estreia no comando da seleção) foi a forma que Tite encontrou para minimizar a enorme repercussão negativa às lágrimas de Neymar, em campo, depois do triunfo pra lá de sofrido contra a Costa Rica. Cá entre nós, as lembranças de choro nesse grupo (Thiago Silva, contra o Chile, em 2014) não são nada boas. Melhor evitar o tema.

O gênio apareceu

A matada da bola na coxa e no bico do pé esquerdo foram a entrada e o aperitivo perfeitos para o prato principal: um mortal chute cruzado de direita. Cardápio de gênio. Típico de um Lionel Messi que ainda não tinha sido visto na Copa da Rússia.

Não foi o gol da vitória, porque o semiaposentado Mascherano cometeu, logo no início do segundo tempo, um pênalti infantil, que deu ao jogo com a Nigéria um ritmo de tango. Já pensava no trágico “Por uma cabeza”, de Gardel, quando veio o golaço improvável de Rojo, aos 41 minutos.

A Argentina se classificou na bacia das almas e agora enfrentará a França, como azarão. Mas um azarão que conta com “La Pulga” é sempre perigosíssimo.

O bufão também

Olhos esbugalhados; gestos, como de hábito, de ator canastrão; dancinhas e saudações grandiloquentes para os que o saudavam e para os céus (amparado pelos seguranças, para não cair). Até uma soneca Diego Maradona tirou no meio do jogo. O fecho lamentável de sua aparição, visivelmente fora de seu estado normal, foram os gestos grosseiros para os torcedores nigerianos, após o gol de Rojo. No fim, passou mal e teve que receber atendimento médico no estádio.