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Adriana Esteves afirma já ter sofrido assédio: "É fundamental falar disso"

A atriz disse, ainda, que sua próxima vilã na trama de JEC será "uma nova Carminha"

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Adriana Esteves já começou 2018 cheia de trabalho. As gravações são tantas que ela vai ter de ficar de fora da première de "Benzinho", longa que vai abrir o Festival de Sundance, nos Estados Unidos. E tanto no filme, quanto na nova série, "Assédio", ela vive personagens vítimas de violência. “É fundamental falar disso. O momento agora é de união, sinto que o grito já poderia ter sido dado”, afirmou, em entrevista à Bruno Astuto, na revista "Época". "Eu não conheço quem nunca tenha sofrido assédio. E não falo só de mulheres, mas de meninos. E afirmo que, sim, infelizmente, sofri. Em todo o crescimento, desde a escola até o início da vida profissional, existe isso cerceando. A gente quer se preservar, tem medo, não sabe até quando isso vai fazer parte da vida, mas os tempos estão mudando: Time's up! O discurso da Oprah Winfrey no Globo de Ouro foi sensacional, resume o assunto de forma importante", elogiou ela.


Adriana revelou, ainda, como avalia os convites para os papéis que interpreta. "Minha identificação com os temas e assuntos que fazem parte dos meus pensamentos e das minhas angústias me puxam. Em 'Benzinho', faço uma mulher que sofre violência física e emocional. É um projeto lindo e delicado. Em 'Assédio', também interpreto uma das vítimas daquele ex-médico (Roger Abdelmassih)", adiantou. Pensa que acabou? Pois a atriz já emenda o trabalho na próxima novela de João Emanuel Carneiro. E ela viverá uma nova vilã do autor. Questionada pela publicação se a nova vilã se distanciará da inesquecível Carminha de "Avenida Brasil", foi categórica: não. "Nos braços do João, estou voltando para casa. É a Carminha de volta, mas com outro nome, na pele de outra mulher. Foi uma potência tão grande, que não consegui criar distanciamento dela. Ainda ouço na rua: 'Oi! É a Carminha?'. Respondo: 'Sou eu, sim'. É preciso ter humor na vida. Eu começo a gravar no dia 9. Vou trabalhar com uma atriz por quem sinto muito carinho, a Deborah Secco. E a trama se passa na Bahia, minha segunda casa. Fiz muitos amigos lá por causa de Vlad", disse, referindo-se ao marido, o ator Vladimir Brichta.