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Não foi só Vinicius, eles também selaram a amizade ao som do piano de Tom Jobim

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Comemoração rara. Setenta anos de amizade, uma fraternidade. Reuniram-se em jantar com outros amigos, duas dezenas deles, noite amena, a temperatura ajudando, em torno de mesa tão comprida quanto o repertório da conversa, que fluiu fácil e descontraída. Houve a hora dos discursos. As mulheres falaram primeiro. Ladies first. Mas o motivo da homenagem eram eles, os rapazes. Aniversariantes dessa trajetória vitoriosa e rara. Sete décadas sem mágoas ou atritos, consolidadas por confiança, respeito, solidariedade, atenções. Vínculo depois extensivo e compartilhado pelas suas mulheres, com quem se casaram e tiveram filhos. Coube ao amigo da cabeceira da mesa a fala e o brinde. Lembrou dos tempos do jardim da infância, no Colégio Brasileiro de Almeida, e depois o primário, quando tinham que ensaiar o coral para a festa de fim de ano, e o ensaio era na casa da dona do colégio, Rua Nascimento Silva, 107. Todos da turma na sala, meninos, meia soquete até o joelho, e dona Nilza gritava pro filho, no andar de cima: “Antônio Carlos, vem tocar o piano”. Ainda sonolento, descia as escadas, de robe de chambre e chinelo, aquele que seria o grande Tom Jobim. A essa altura do relato, a mesa fez “Ooooh!”. E o amigo do brinde, propôs ao outro: “Você ainda se lembra qual era a música?”. Este não titubeou, e juntos cantaram, peito empinado de meninos de 5, 6 anos, do Brasileirinho de Almeida: “Viva o sol, do Céu de nossa Terra / Vem surgindo, atrás da linda serra”... Quem não viu e viveu o momento gostaria de ter visto e vivido. Os homens que guardam no coração a criança que foram merecem os nossos respeitos.

Da esq. para a dir.

Bia Lundgren; Vania Bronfman; Yolandinha Barros Barreto; Angela Rocco; Cristiana Malta e Mirna Bandeira de Mello; Paulo Bandeira de Mello; Hildegard Angel; Ricardo Filgueiras; Renato Lundgren e Paulo Rocco; Viviane Hentsch e Bia Rique; Cristiana Malta, Vania Bronfman e Jonja Assis; Angela Rocco e Paulo Barros Barreto; Mirna Bandeira de Mello e Nelson Baptista Filho; Kitty Assis, Renato Bronfman e Patrícia Laport

DEMITIDO DA GLOBO, Juninho Pernambucano não tem mais medo de ser feliz. Saiu do armário político e postou ontem no Twitter: “Paneleiros e simpatizantes que viraram manifestoches não precisam aumentar seu ódio a Lula. Podem recuar um pouco e pedir o direito dele de ir às urnas. Deixe o ódio de fora. Só no voto vamos recuperar o rumo. Desfaçam o apoio ao golpe”.