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Confiança do empresário do comércio é a mais baixa desde março de 2011

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Após uma leve alta de 0,6%, registrada em junho na comparação mensal, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), voltou a cair em julho e está em 85,0 pontos, o mais baixo desde o início da série, em março de 2011. A queda foi de 1,7% em relação ao mês de junho e de 21,6% ante o mesmo período de 2014. O resultado negativo na comparação mensal foi influenciado principalmente pelo recuo de 1,6% na intenção de investimentos dos empresários e de 5,0% no subíndice que mede a percepção deles das condições econômicas atuais.

A queda na percepção das condições atuais revela um elevado grau de insatisfação dos empresários do comércio, especialmente na região Sudeste, cujo índice médio (41,8 pontos) está abaixo da média nacional (45,6 pontos). Os empresários da região também apresentam a menor intenção de investimentos (80,1 pontos contra 83,8 da média nacional). Para 92,8% dos cerca de seis mil empresários consultados pela pesquisa em todas as capitais do País, houve piora no cenário econômico nos últimos 12 meses. 

O índice que mede a expectativa dos empresários do comércio retornou à tendência de deterioração após dois meses de crescimento, registrando 125,5 pontos, queda de 0,6% na comparação mensal e de 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O grau de otimismo dos empresários é o único dos três índices pesquisados que se mantém na zona positiva, acima de 100 pontos, mas teve recuou de 8,5% em relação a igual período do ano passado. 

A CNC manteve a previsão anterior para o setor de queda de 1,1% no volume de vendas do varejo restrito. Para alguns segmentos, porém, especialmente aqueles voltados para a venda de bens de consumo não duráveis, a expectativa para a segunda metade do ano tem se mostrado mais favorável diante da perspectiva de arrefecimento da inflação.