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Serviços devem fechar 2017 com queda de 3,2% no faturamento

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Além dos resultados de outubro da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), projeção da CNC para o setor levou em conta ainda a variação dos preços, a reação do emprego e a fragilidade na recuperação do orçamento das famílias.

O setor de serviços registrou a quarta queda consecutiva no faturamento, em outubro, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje, 15 de dezembro, pelo IBGE. O volume de receitas do setor recuou 0,8% na comparação com setembro deste ano. 

Segundo análise da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o nível atual de receitas dos serviços equivale ao do início de 2011. “Além do ainda fraco nível da atividade econômica interna, a maior resiliência dos preços dos serviços tem se colocado como um obstáculo adicional à retomada do crescimento das atividades terciárias”, afirmou o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.

Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, a variação dos preços dos serviços respondeu por quase 2/3 da inflação medida pelo IPCA. Somando-se a isso a lenta e gradual reação do emprego, esses fatores levaram a CNC a projetar queda de 3,2% no volume de receitas do setor de serviços para 2018, a terceira queda anual seguida.

Desempenho do setor em outubro

Dos cinco grandes grupos de atividades pesquisadas, apenas os serviços de informação e comunicação registraram crescimento no volume de receitas (+0,3%). O maior destaque negativo no mês foram os serviços prestados às famílias (-2,3%), especialmente serviços de alojamento e alimentação (-3,0%).

“Esse comportamento evidencia a fragilidade na recuperação do orçamento das famílias que, mesmo diante do recuo nos preços no mês (-0,3%), ainda não sinalizaram capacidade de retomada de demanda por serviços não essenciais”, complementou Fabio Bentes.