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Enfrentando moinhos

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Já que os partidos só nos oferecem mais do mesmo, setores da sociedade civil resolveram arregaçar as mangas e ir à luta. Anteontem à noite, mais de 50 lideranças de diversos setores e regiões da cidade, se reuniram na casa do antropólogo Luiz Eduardo Soares para discutir uma alternativa ao governo do Rio. Foi o maior dos encontros suprapartidários que vem sendo organizados pelo professor. “É sim, um pouco quixotesco de nossa parte, mas a idéia é criar um constrangimento no campo progressista em busca de uma unidade”, diz Luiz Eduardo, “as candidaturas do campo conservador, clientelista, são as mesmas de sempre. Indicam apenas a extensão da situação em que nos encontramos”. Nos próximos dias será realizada uma nova reunião do grupo que, dessa vez, convidará as representações institucionais dos partidos de centro-esquerda. O passo seguinte será a realização de um evento público de grande vulto. 

Limites 

A maioria dos 11 presidenciáveis presentes ao encontro com a Frente Nacional de Prefeitos anteontem em Niterói aproveitou a plateia para endossar as críticas aos supostos abusos do MP e dos tribunais de contas na fiscalização dos governantes municipais. O questionamento foi feito por candidatos como Guilherme Boulos (Psol), Ciro Gomes (PDT) e Aldo Rebelo (SD), que cobraram dos órgãos de controle mais parcimônia nas medidas restritivas à gestão. “Combater a corrupção é uma coisa. Impedir quem teve voto de administrar é extrapolar os limites”, disse Boulos, sob aplausos dos prefeitos.

Meu vice ideal 

Álvaro Dias usou o evento, que teve prefeitos de 19 capitais, para começar a montar os palanques regionais do Podemos. Ele conversou com alcaides de todos os partidos disposto a abrir tratativas nos estados. O senador sonha em montar uma chapa de centro-direita envolvendo PRB e DEM e sonha com Flavio Rocha, dono da Riachuelo e também presidenciável, como vice ideal. Pelo menos vai ajudar na arrecadação.

Onde está Wally? 

Pelo whatsapp Eduardo Paes manda sua geolocalização para não restar dúvidas que se encontra no momento em Santiago, no Chile, em reuniões da BYD, empresa chinesa que produz veículos elétricos, da qual é vice-presidente. E ainda faz troça: “É meu ofício hoje em dia. E as pessoas ainda achando que eu faço campanha (rs).”

Será? 

Já maledicentes de plantão garantem que Eduardo submergiu alertado que seu nome poderia surgir em uma das operações da Polícia Federal previstas para esta semana.

Quem tem, tem medo 

E o vereador Marcello Siciliano, heim? Apontado por uma testemunha como mandante da execução de Marielle Franco, o edil teve ontem um dia ocupado. Dedicou-se a pedir orçamentos às maiores agências de assessoria de imprensa do Rio para um trabalho de gerenciamento de crise de imagem. Sei não. 

Jurassic crowdfunding 

Não está decolando o crowdfunding dos Amigos do Museu Nacional, que tenta levantar R$ 30 mil para refazer a sala do Maxakalisaurus Topai, o primeiro dinossauro de grande porte montado no Brasil. No fim do ano, a base do esqueleto foi destruída por um ataque de cupins. Só levantou até agora R$ 150 de 19 pessoas. A campanha dura mais 26 dias.

Formação de quadrilha 

A informação da jornalista Sonia Racy de que o cachorro de Marcela Temer é irmão do cachorrinho de Moreira Franco e ambos são filhos da cadelinha de Heráclito Fortes deixou pasma nossa redação. Esperamos para breve a Operação Lava Jato Pet.

LANCE LIVRE

• A livraria do Instituto Pereira Passos promoverá hoje, às 17h, um bate-papo com o jornalista e escritor André Luís Mansur  sobre o seu livro  “Tiradentes carioca: as relações dos inconfidentes mineiros com o Rio de Janeiro”.