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As joias do Pezão

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Nosso iluminado governador, Luiz Fernando Pezão, restituiu e sem ninguém reparar, incentivos fiscais a 234 setores e/ou empresas no finzinho de julho. O volume de renúncias foi estimado em quase R$ 4 bilhões. Entre os beneficiados estão suspeitos de sempre, como a Fetranspor, além de fabricantes de agrotóxicos, cervejarias, empresas de fraldas e absorventes, a cadeia produtiva do plástico e, ironia das ironias, o setor de joalherias. Em 2017, a Assembléia aprovou uma lei suspendendo incentivos e determinando que só poderiam ser retomados aqueles que estivessem ligados a projetos estratégicos de desenvolvimento e que, comprovadamente, gerassem empregos e ativassem cadeias produtivas. A lei excetua explicitamente o ramo de ourivesaria e joalheria. Sempre alerta, o deputado Carlos Minc oficiou o Ministério Público visando a suspender o decreto. “Estas medidas contrariam a lei complementar que aprovamos ano passado”, diz Minc. “Além disso, nessa publicação o governador sequer tenta provar que estas empresas cumprem os requisitos para estes subsídios serem constituídos”. A essa altura do campeonato, depois de todos os escândalos envolvendo Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo e suas jóias, oferecer incentivo às joalherias só pode ser desfaçatez.

O beiço do cabo 

Cabo Daciolo, candidato à presidência pelo Patriota, foi processado, em 2017, pela Swell Home Office, de consultoria de tecnologia da informação, por não pagar o valor acordado em negócio. A empresa tinha celebrado um contrato de prestação de serviços com o gabinete do deputado no valor de R$ 10 mil, mas Daciolo deixou de pagar depois que a quantia subiu para R$ 15 mil. O juiz Mario Cunha, da 2ª Vara Cível do TJRJ, julgou improcedente o pedido, ressaltando que o caso é bizarro: um contrato mal redigido que passa a ser assumido pelo réu, mas bancado por verba pública, com um objeto sem maiores definições e sentido. 

Índice Feijão 

Não está fácil para ninguém. Ontem o quilo de feijão Camil bateu a estratosférica cotação de cinco libras esterlinas. Na Brasileiro, loja em Streatham, Londres, especializada em produtos nativos. 

Pode ?lmar? 

A Faculdade de Medicina da USP promove nos próximos dias sua Semana da Diversidade. Entre os temas em debate chama a atenção na agenda de quarta-feira a “Oficina de Siririca”. A coluna acredita que deve se tratar de algum termo técnico. 

Aliás 

O evento termina sábado com uma grande gaymada no campus.

Folga folgada

A Guarda Municipal ensaia uma greve. A informação é do vereador e ex-GM, Jones Moura. No início do ano ele só topou votar a favor do aumento do IPTU se o Executivo aprovasse iniciativa dele estabelecendo para os guardas uma escala de 12/60. Ou seja, os briosos guardas vão trabalhar meio-dia e folgar dois dias e meio.

Mas, e daí 

O grande problema é que a “boa ação” tem custo. E alto. Os gastos da Prefeitura do Rio com pessoal já estão por volta de 48% do orçamento, superando o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Para dar essa folga tão folgada, o prefeito teria que contratar mais guardas. O que é pra lá de impossível nesses tempos de vacas esquálidas. 

Azamigatudo 

Poucos admitirão, mas com certeza muitos conhecem Carol Ferreira. A moça, apresentadora por seis anos do Popstar, programa erótico de entrevistas no canal Sexy Hot, ingressa agora na carreira musical. Carol lança no fim do mês seu primeiro CD com uma poesia que promete causar: “Porque os maridos das outras são, o exemplo da perfeição. (...) Que servem pra fazer felizes, as amigas da mulher”, dizem os versos de uma das canções. 

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LANCE LIVRE

• Clovis Saint-Clair lança seu livro “Bolsonaro: O homem que peitou o exército e desafi a a democracia”, terça-feira, no La Fiorentina.