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'El País': Justiça espanhola absolve infanta Cristina e condena seu marido a seis anos de prisão

Ela pagará multa de 265 mil euros

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Matéria publicada nesta sexta-feira (17) pelo jornal El País conta que Justiça espanhola absolveu, nesta manhã a infanta Cristina, filha de Juan Carlos, por suspeita de evasão fiscal no caso Nóos, mas condenou o seu marido a seis anos e três meses de prisão por fraude e desvio de dinheiros públicos. 

O diário destaca que desde o início do caso, o Ministério Público espanhol se recusou a apresentar queixa conta Cristina de Borbón, mas uma organização chamada "Mãos Limpas" avançou com o processo em que a acusava de evasão fiscal e pedia uma condenação de oito anos de prisão.

Apesar de absolvida da acusação de colaborar com os delitos fiscais do marido, o tribunal condenou-a a pagar uma multa de 265 mil euros, pela sua corresponsabilidade civil a título lucrativo no caso Nóos, relatou El País. A infanta negou ter conhecimento das atividades do marido.

O periódico acrescenta que a Casa do Rei já reafirmou em Madrid, depois de conhecer a sentença, o seu "respeito absoluto pela independência do poder judicial".

> > El País Sentencia ‘caso Nóos’ | La Audiencia condena a Urdangarin a 6 años y 3 meses de cárcel y absuelve a la Infanta

Inaki Urdangarin, marido de Cristina e cunhado do rei Felipe VI, foi condenado a seis anos e três meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 512.553 euros por enriquecimento ilícito através de dinheiro público, através de um esquema fraudulento feito pelo Instituto Nóos, que fundou e dirigiu entre 2004 e 2006. 

O sócio de Urdangarin, Diego Torres, foi condenado a oito anos e seis meses de prisão por cinco delitos de corrupção cometidos como corresponsável no Instituto Nóos. A esposa de Diego terá que pagar uma multa. 

O noticiário acrescenta que a decisão do juiz é conhecida 11 anos depois do início do caso, quando um deputado socialista pediu explicações pelos custos elevados de um fórum sobre turismo e esporte organizado por Iñaki Urdangarin para o governo das Ilhas Baleares. 

El País reitera que Urdangarin foi acusado de ter utilizado suas ligações com a família real para ganhar concursos públicos para organizar, entre outros, eventos esportivos, tendo em seguida desviado fundos para a Aizoon, uma empresa que ele geria em conjunto com a infanta Cristina e utilizava para financiar o seu estilo de vida luxuoso, descreve o noticiário.

Este caso de corrupção que envolve a irmã do rei tem sido seguido com grande interesse em Espanha e no estrangeiro, tendo manchado a reputação da monarquia e contribuído para a abdicação do rei Juan Carlos, em junho de 2014, a favor do filho, conclui El País.