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Vice dos Estados Unidos se reúne com líderes europeus e promete união

Pence tenta "acalmar" os ânimos de líderes europeus após declarações de Trump

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Em visita pela Europa, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, se reuniu com líderes da União Europeia e deixou uma boa impressão após os encontros desta segunda-feira (20). "Depois de ouvir opiniões surpreendentes, hoje ouvi palavras promissoras", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em referência às críticas feitas por Donald Trump ao bloco.    

Por sua vez, Pence destacou que quer "reforçar" a parceria entre seu país e a Europa e destacou a importância da união entre as potências. Com a fala, o vice tentou "acalmar" os ânimos dos líderes europeus após as declarações polêmicas de Trump durante a campanha eleitoral.    

"Precisamos concordar sobre uma coisa. A ideia da Otan não é obsoleta. Podemos discutir sobre tudo, mas só para reforçar a Aliança, não para enfraquecer a unidade transatlântica", acrescentou ainda o europeu novamente alfinetando Trump.    

No mês passado, o presidente norte-americano criticou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e disse que ela era "obsoleta. Porém, tanto Pence como o secretário de Defesa do país, James Mattis, destacaram a importância do bloco e ressaltaram - apenas - que queriam que todos os Estados-membros contribuíssem mais financeiramente com a instituição.    

Pence ainda "agradou" os europeus ao criticar o governo russo por causa da crise política e o conflito armado na Ucrânia.    

Apesar dos laços próximos de Trump e Vladimir Putin, o vice afirmou que "os EUA continuam a considerar a Rússia responsável pela situação na Ucrânia".    

Antes da reunião com Tusk, Pence havia encontrado a alta representante para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, que também mostrou mais otimismo com o novo governo dos EUA. "Excelente encontro. Boa base para nossa cooperação", escreveu a italiana em sua conta no Twitter.    

Espião

As declarações de Pence sobre a Rússia ocorrem no mesmo dia em que o governo de Moscou acusou os norte-americanos de espionarem constantemente o embaixador russo em Washington, Serghiei Kisliak.    

"Os serviços especiais norte-americanos disseram aos jornalistas de maneira absolutamente oficial, mesmo que anônima, que normalmente interceptavam as comunicações de nosso embaixador Kisliak, incluindo seu relacionamento com Moscou e o que faz no âmbito de seu trabalho em Washington", disse o porta-voz do Kremlin, Sergei Lavrov, ao ser questionado sobre a demissão de Michael Flynn, ex-secretário de Segurança Nacional.    

Flynn foi demitido após o serviço secreto dos EUA revelar que ele debateu com o embaixador russo as sanções impostas pelo ex-presidente Barack Obama. No entanto, a conversa ocorreu antes do ex-general tomar posse e Flynn mentiu sobre o conteúdo da conversa após ser questionado por Pence