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Inquérito de corrupção atinge governador da Sicília

Rosario Crocetta teria beneficiado empresa em troca de estadia

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Uma investigação de corrupção atingiu nesta sexta-feira (19) a subsecretária do Ministério de Infraestrutura e Transportes da Itália, Simona Vicari, e o governador da Sicília, Rosario Crocetta.

Eles pertencem, respectivamente, à legenda Área Popular (AP) e ao Partido Democrático (PD), principais siglas da coalizão que sustenta o governo italiano. No caso de Vicari, ela teria sido presenteada com um relógio Rolex por Ettore Morace, dono da empresa de transporte marítimo Liberty Lines, para apresentar um projeto que reduzia de 10% para 4% os impostos sobre o setor.

Segundo a Procuradoria da República em Palermo, a medida teria proporcionado uma economia de milhões de euros para a companhia. Em uma interceptação autorizada pela Justiça, Vicari agradece Morace, que foi preso preventivamente, pelo presente. "Você foi um tesouro", disse. Após ter sido notificada do inquérito, a subsecretária renunciou ao cargo.

Já Crocetta é suspeito de ter autorizado à extensão de um serviço de transportes pela Liberty Lines para as ilhas Egadi, o que teria rendido a Morace pelo menos 3 milhões de euros. Em troca, o empreendedor teria bancado uma estadia do governador da Sicília na ilha de Filicudi.

"Estou muito sereno e ficarei contente em falar aos magistrados coisas úteis para as investigações", declarou Crocetta, acrescentando que promoveu um corte de 30 milhões de euros nas despesas do governo com transporte marítimo.