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Papa é chamado por 420 religiosos a mediar crise na Espanha

Religiosos querem que Francisco ajude em referendo na Catalunha

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Um grupo de 420 religiosos catalães pediu nesta segunda-feira (25) que o papa Francisco faça a mediação do conflito político entre a Espanha e a região da Catalunha, que quer se separar do resto do país. Os eclesiásticos escreveram ao líder católico para pedir que converse com as autoridades espanholas e que Madri permita a realização do referendo agendado para 1 de outubro sobre a independência da Catalunha. 

Na carta, os religiosos pedem o "fim da repressão" e sugerem que o Papa "convite o governo da Espanha, publicamente ou por vias diplomáticas, a rever sua oposição visceral ao referendo, solicitado por 80% da população, e a cessar suas ações repressivas". "É nossa vontade realizar o referendo. Esse é um mandato que recebemos das urnas em 2015. Estamos dando execução a este mandato democrático recebido pelo Parlamento", disse o delegado do governo catalão na Itália, Luca Bellizzi, em um fórum promovido pela ANSA em Roma. 

A Espanha sempre se opôs às ambições da Catalunha de declarar sua independência. Apesar de toda pressão, a região separatista confirmou a convocação de um referendo para 1 de outubro. Na semana passada, porém, uma operação da polícia prendeu 14 líderes políticos e sequestrou milhares de cédulas de votação. 

O governo de Mariano Rajoy anunciou que fará "todo o possível" para impedir a consulta popular. O procurador espanhol José Manuel Maza também comentou que o presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, poderia ser preso nos próximos dias. "É uma hipótese aberta", admitiu, alegando que há várias denúncias de crimes de malversação pela convocação do referendo.