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Trump Jr. trocou mensagens com Wikileaks durante campanha presidencial, revela publicação

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O filho mais velho do presidente dos EUA, Donald Trump Jr., comunicou-se com uma conta do Wikileaks no Twitter durante a campanha do ano passado, informou a The Atlantic em reportagem publicada na noite dessa segunda (13).

De acordo com a revista, Trump Jr. discutiu o vazamento de e-mails de Hillary Clinton por meio de mensagem direta (DM) com uma conta ligada ao portal de vazamento de documentos secretos. A reportagem traz exemplos de informações trocadas que incluem pedidos para exclusão de mensagens relacionadas ao trabalho do site.

Em troca, a Wikileaks teria pedido que Trump pai intervisse junto à Austrália para que o fundador do portal, Julian Assange, fosse nomeado embaixador australiano em Washington. 

Embora não tenha respondido a todas as mensagens da Wikileaks, Trump Jr. usou pistas da organização para ajudar politicamente o pai como quando foi avisado do vazamento dos e-mails do chefe de campanha de Clinton, John Podesta. 15 minutos depois de ter recebido a notificação, o então candidato Donald Trump reagiu no Twitter comentando o vazamento: “Muito pouco acompanhamento pela imprensa desonesta da incrível informação divulgada pelo Wikileaks. Tão desonesta! Sistema corrupto”.

O Wikileaks também solicitou a Trump Jr. a declaração de imposto de renda de Donald Trump, afirmando que isso ajudaria a reforçar a imparcialidade do site diante de acusações que agia sob influência de Moscou. O pedido, porém, foi ignorado.

Resposta

Pressionado pela repercussão da reportagem, Trump Jr. foi ao Twitter publicar a suposta íntegra das mensagens trocadas com o portal. "Aqui está toda troca de mensagens com o Wikileaks (com minhas 3 respostas gritantes) que um dos comitês do Congresso optou por vazamento seletivo. Quão irônico!", escreveu.

Democratas reagiram à reportagem dizendo que Trump Jr. devia fornecer mais informações sobre as acusações da publicação. O congressista democrata Richard Blumenthal disse que o Comitê Judiciário do Senado deve solicitar documentos e forçar Trump Jr. a testemunhar.