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Itália promete acordo de autonomia com regiões para janeiro

Negociações com Lombardia e Emília-Romana começaram nesta quinta

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Começaram nesta quinta-feira (23) as negociações para aumentar a autonomia das regiões da Lombardia e da Emília-Romana, no norte da Itália. Na primeira reunião, realizada em Roma, ficou acertado que as bases do acordo devem ser definidas até o fim de janeiro, para haver tempo de votá-lo no Parlamento antes do fim da atual legislatura, em março.

O Vêneto também participará das tratativas, mas a morte repentina por "causas naturais" de um dos negociadores, na última quarta-feira (22), fez o governador Luca Zaia adiar a entrada da região nas conversas para 1º de dezembro.

"Quero especificar que, na fase de autonomia reforçada para as três regiões, Lombardia, Vêneto e Emília-Romana, não entram em discussão maiores recursos, o jogo é ao redor da eficiência. Nessa fase, não muda nada na situação econômica-financeira", alertou o subsecretário de Estado da Presidência do Conselho dos Ministros, Gianclaudio Bressa, representante do governo nacional nas negociações.

A declaração é um aviso para os governadores das três regiões, que pretendem aumentar sua autonomia fiscal e, assim, conseguir mais dinheiro. As negociações são resultado dos plebiscitos de 22 de outubro, quando 98% dos eleitores no Vêneto pediram mais autonomia, enquanto na Lombardia esse número foi de 96%.

As duas regiões são governadas pela legenda ultranacionalista Liga Norte, ao contrário da Emília-Romana, que é presidida por Stefano Bonaccini, do Partido Democrático (PD), sigla de centro-esquerda que sustenta o primeiro-ministro Paolo Gentiloni. A região preferiu pedir a abertura de negociações diretamente a Roma, sem a necessidade de um plebiscito, como permite a Constituição.

A mesma tática deve ser adotada pela Ligúria, no noroeste do país, segundo o governador Giovanni Toti, do conservador Força Itália (FI), presidido por Silvio Berlusconi. "Até 23 de dezembro, espero obter uma resolução para obter mais autonomia. Nós também queremos uma mudança", declarou.