SOCHI - Chegou o dia da estreia! Os suíços produzem o melhor chocolate do mundo, além de canivetes e relógios, e buscam se impor no futebol.
Têm um time miscigenado, com sete jogadores negros entre os 23 convocados, que marca forte, mas que abandonou sua marca registrada desde os anos 1930, o ferrolho.
Estatísticas são estatísticas, não mais que estatísticas, e mostram equilíbrio nos confrontos entre os dois times em oito jogos, com três vitórias brasileiras e duas suíças.
A última delas, em 2013, por 1 a 0, na Suíça, gol contra do hoje ausente Daniel Alves, mas com Th iago Silva, Marcelo, Paulinho e Neymar.
Será o segundo jogo por Copas, os demais foram amistosos, e o primeiro, no Pacaembu, em 1950, acabou 2 a 2, o que valeu a fama de pé-frio para a torcida paulista até o Maracanazo.
Nesta fase de grupos será o embate de maior número de pontos pelo ranking da Fifa, entre os segundos colocados, os brasileiros, e os sextos – melhor pontuação que o clássico Portugal (4º lugar) e Espanha (10°).
Nas 20 estreias anteriores de seleções nacionais, foram duas derrotas, nas primeiras Copas, em 1930 e 1934, quando perderam para Espanha (3 a 2) e Polônia (6 a 5), e dois empates, em 1974 e 1978, contra Iugoslávia (0 a 0) e Suécia (1 a 1), com, portanto, 16 vitórias.
Empatar neste domingo não será mau resultado se o desempenho do time for bom, coisas que não se excluem.
Se perder, não será o fim do mundo porque não impedirá a classificação adiante nos dois jogos restantes, contra Costa Rica e Sérvia, mas será um duro golpe no justificável otimismo que cerca o time de Tite. Mais: os cinco títulos brasileiros foram conquistados de maneira invicta, e certas superstições não são desprezíveis quando se trata de futebol, mais até que os números.
É tradicional dizer que os times latinos sofrem de ansiedade em estreias, embora o time brasileiro seja provado e tenha dado demonstrações frequentes de frieza desde que bateu os então favoritos equatorianos nas eliminatórias, em Quito, e por 3 a 0, no primeiro jogo sob o comando de Tite.
Além da enorme expectativa sobre como Neymar e companhia se comportarão logo mais, a coluna aposta no Brasil e que a indiferença com a Copa terá seu ponto final.
Chocolate neles ou canivetada na gente?
As próximas horas dirão...