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Privatizar a Cedae é um atentado contra o povo

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As possíveis soluções para a superação da crise econômica do governo do Estado do Rio de Janeiro é das piores possíveis. Já não bastava o risco que corre o funcionamento dos equipamentos de serviço à população e o descaso com os funcionários públicos estaduais, uma das saídas oferecida é a prática entreguista, que compromete diretamente as nossas estatais.

A medida para evitara crise não pode ser a privatização. Quem paga o pato somos nós, policiais, professores, bombeiros, e toda classe trabalhadora. A Cedae, caso em questão, não é uma simples fonte de arrecadação do Estado, partindo do pressuposto que a tarifa de água do Rio de Janeiro é uma das mais altas do Brasil. Ela é um patrimônio dos cidadãos cariocas e fluminenses, que compromete o Estado a estar sintonizado com as demandas da distribuição de água, tratamento do esgoto e despoluição das baias e rios, serviços essenciais para a sobrevivência do cidadão.

As privatizações que ocorreram no Brasil são espelho do fracasso. Vemos por exemplo os serviços de telecomunicações. Sabemos que a oferta e o acesso à telefonia aumentaram, porém a qualidade dos serviços é péssima, as empresas que atuam no setor lideram as reclamações no PROCON, as tarifas estão sempre aumentando e a agencia pública de regulação não consegue alterar esse cenário.

O caso da privatização das nossas mineradoras nem se fala. Presenciamos recentemente o maior “acidente” ambiental dos últimos anos na cidade de Mariana. Os responsáveis pela catástrofe não indenizaram os afetados e o caso corre na lentidão da justiça. 

A Cedae é estratégica para o estado ela é responsável pela melhoria da qualidade vida do cidadão do estado. O real Investimento no setor reduz os problemas com saúde,poluição e muitas outras questões atreladas ao tema.

A solução para a crise não pode atingir o trabalhador. Somos nós que fazemos esse e Estado funcionar. Acredito que solução não virá também daqueles que destruíram as nossas finanças. Resta-nos a luta!

Todo apoio aos servidores do estado!Todo apoio aos trabalhadores da Cedae! Não a privatização!

* Walmyr Junior é morador de Marcílio Dias, no conjunto de favelas da Maré, é professor, membro do MNU e do Coletivo Enegrecer. Atua como Conselheiro Nacional de Juventude (Conjuve). Integra a Pastoral Universitária da PUC-Rio. Representou a sociedade civil no encontro com o Papa Francisco no Theatro Municipal, durante a JMJ