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Ex-executiva da Microsoft lança conceito deAceleradora Social

Objetivoé acelerar pelo menos 30 organizações e negócios sociais ainda em2017 

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Atuando há dez anos com o objetivo apoiar outras organizações a se estruturar e aperfeiçoar seus processos para poderem gerar mais impacto social, o Instituto Ekloos está lançando uma Aceleradora Social.

Sem fins lucrativos, o Instituto utiliza uma combinação de metodologias inovadoras próprias e adaptadas do mercado corporativo para o terceiro setor, desenvolvendo as organizações em cinco áreas: gestão, projetos, marketing, negócios e tecnologia, e já beneficiou mais de 400 ONGs.

Já a Aceleradora Social, também sem fins lucrativos, tem como objetivo principal apoiar o desenvolvimento e a inovação de iniciativas de impacto social, voltadas ou não para geração de renda, gerando valor compartilhado. A expectativa é acelerar pelo menos 30 organizações e negócios sociais ainda em 2017. O número pode aumentar com a entrada de outros parceiros.

O conceito da Aceleradora Social foi desenvolvido por Andréa Gomides, uma ex-executiva da Microsoft que resolveu abandonar o mundo corporativo para se dedicar às causas sociais. As cenas de contraste das necessidades sociais com o mercado corporativo fez Andréa pensar em como poderia aplicar melhor seus conhecimentos em prol da geração de impacto social. Sendo assim, em 2007, fundou o Ekloos. Com um olhar apurado para o mercado corporativo, o conceito da Aceleradora Social desenvolvido por ela foi inspirado nas aceleradoras que investem em startups. “Se as aceleradoras conseguem desenvolver projetos inovadores no mercado corporativo, porque não utilizar um conceito semelhante para o terceiro setor?” questiona Andréa.

Ela receberá projetos geridos por organizações sem fins lucrativos e ampliará sua atuação acelerando também negócios sociais. Os negócios sociais combinam o retorno financeiro com geração de valor social, através da comercialização de produtos e serviços. A aceleradora vai oferecer aos empreendedores mentoria, capacitação e acesso à rede de investidores-anjos e empresas que investem nas áreas sociais. Além disso, a aceleradora promoverá a conexão entre empreendedores, mentores, financiadores e voluntários, onde ideias e iniciativas possam surgir e se desenvolver, além de constituir mudanças no cenário da economia. Diante da crise financeira que o Brasil está passando, o desenvolvimento do empreendedorismo social atrela a geração de renda com a solução de problemas sociais.

A busca pela recuperação econômica brasileira recente gerou um interesse crescente pelo empreendedorismo como um setor emergente no país, apesar dos entraves ainda existentes.

Ainda assim, os negócios inovadores promovem o capital produtivo, gerando empregos num momento em que a taxa de desemprego alcançou o maior valor, além de desenvolver o capital humano, potencializando a transformação social”, afirma Elisabete Vianna, economista e diretora do curso de finanças da ESPM Rio.

“O conceito de Aceleradora Social, fruto da experiência da atuação do Instituto Ekloos na área social, tem por objetivo ser replicado por outras instituições no Brasil, assim como existem diversas aceleradoras. Quanto mais ações como esta, mas alcançaremos o desenvolvimento social“, destaca Andréa Gomides.

Metodologia já ajudou ONG à atender mais de 1.000 crianças

A metodologia utilizada pelo Instituto Ekloos, já aplicada em mais de 400 organizações, apresenta resultados significativos. Foi o que aconteceu com a Associação Cultural e Social Lona na Lua, com atuação  no interior do estado do Rio de Janeiro, em Rio Bonito e Silva Jardim. “Participar do processo de aceleração do Instituto Ekloos possibilitou que estruturássemos melhor a nossa organização, culminando no nosso crescimento. Quando começamos o trabalho com a Ekloos, tínhamos pequenos financiadores locais e agora contamos com grandes empresas nos financiando e estamos ampliando a nossa atuação através de um modelo de franquia social”, diz Zeca Novais, fundador da ONG.

O Lona na Lua é uma instituição que tem como objetivo levar cultura e arte inclusiva para a população, desenvolvendo atividades nas áreas de dança, teatro, música e circo. Hoje, a iniciativa atende a mais de 400 jovens, entre oito e 18 anos. Mais de 1.000 crianças e adolescentes já passaram pelo projeto.

Ekloos: www.ekloos.org