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As eleições no Rio e a Igreja Católica

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O processo de discriminação política envolvendo religião não pode ter protagonismo em qualquer segmento religioso. Esse processo de divisão política no campo religioso não deveria nunca acontecer. Política e religião não se misturam.

No Rio de Janeiro, tentam envolver um dos candidatos contra a Igreja Católica. Não o acusam de ser ladrão ou de ter envolvimento no campo ético ou moral. Quantos também são atacados por processo ideológico, acusados de contrariar todas as religiões por suas posições liberais nos conceitos da moralidade contemporânea. O gênero, a homofobia, tudo o que representa o Psol, que também é alvo de ataques.

O mesmo acontece, e aí com mais fundamento porque atinge o Código de Processo Penal ou até mesmo a Constituição, com os que se ufanizam em ataques ao que a Constituição proíbe: os direitos humanos, direitos de opção, em todos os segmentos protegidos pela lei. Há ainda aqueles atingidos no campo político pelo seu comportamento pessoal ou familiar. 

Mas ninguém está discutindo os programas de governo, a ficha limpa, as reais necessidades do povo, as propostas para os cariocas, a saúde, a educação, a segurança... Estes que deveriam ser os principais temas de debates, ficam em segundo plano.

Se um candidato teve toda a chance de estudar e não estudou, é porque conseguiu com sua opção se realizar naquilo que pretendeu. Outros têm envolvimento familiar em corrupção de falências, em que o povo foi o mais atingido quando as falências prejudicaram depositantes, clientes e empregados. 

Se nunca se beneficiaram deste segmento que deu prejuízo ao país e ao povo, não têm de se arrepender e nem ter vergonha. No entanto, se algum desses candidatos se privilegiaram, ou se insurgiram contra os ditames da lei, esses sim não deveriam ser atacados e sim afastados, se não pela lei, pelo próprio partido.

O envolvimento das religiões não deveria existir, como mostrou a Igreja Católica que conclama o cidadão a votar naqueles que apresentem programa para o povo, em defesa do pobre - como prega o Papa Francisco -, e que tenha condições éticas e morais. Não se vê em outros candidatos de outros segmentos religiosos qualquer tentativa de envolver suas preferências religiosas no caminho da cidadania.