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Eike, a filantropia e o corruptor "bonzinho"

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Em artigo publicado neste domingo (5) na Folha de S. Paulo, intitulado O mito do corruptor bonzinho, o jornalista Bernardo Mello Franco destaca os recursos usados pelo empresário Eike Batista para blindar sua imagem: "o ex-bilionário apostou no mito do corruptor bonzinho. Ele repetiu a fábula de que empresários inocentes são obrigados a corromper políticos malvados. O conto ainda ludibria muita gente, a julgar pelos pedidos de selfie no aeroporto de Nova York." O artigo diz ainda: "No papel de empresário, convenceu investidores a financiar projetos mirabolantes e irrealizáveis. Na pele de investigado, tenta se vender como uma vítima do sistema que o levou ao topo."

O jornalista ainda lembra: "Numa única transação com o governo Sérgio Cabral, o dono do grupo X pagou R$ 37,5 milhões por um terreno avaliado em R$ 1,2 bilhão. Diante do lucro na operação, a propina de US$ 16,5 milhões ao peemedebista ganha a dimensão de uma gorjeta."

O Jornal do Brasil já lembrava, em artigo publicado no dia 1º de fevereiro: "Hoje, se assiste ao privilégio daqueles que recebiam, por simpatia ao empresário Eike Batista, ou por ingerência do ex-governador Sérgio Cabral, acusado de corrupção, dadivosas doações a serviços sociais que - não podemos deixar de reconhecer - foram bem feitas. Mas os privilegiados que dirigem essas entidades devem ter consciência de que esse dinheiro roubado era do povo."

"Muitos podem ter sido beneficiados por essas doações. Mas e aqueles que não foram atendidos nos hospitais, que ao perderem o emprego não puderam comprar remédios para si, nem para seus parentes? Muitos mais devem ter morrido."

O JB reforçava, em seu artigo: "Esses privilegiados da filantropia com dinheiro do povo devem ter consciência de que suas entidades filantrópicas também não lhes pertence, pois tudo que está nessas entidades foi roubado do povo."

"Atualmente, se lê nos jornais que o Ministério Público cobra o bloqueio de R$ 1,026 bilhão do patrimônio de Eike, apenas para pagamento de multa, por ter sido um insider."

>> Veja na íntegra do artigo do JB