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A espionagem na Estácio e suas consequências

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A rede de ensino Estácio descobriu que e-mails do presidente da empresa, Pedro Thompson, foram parar nas mãos de Rodrigo Galindo, presidente da rede de ensino Kroton. De acordo com reportagem da Exame, a empresa israelense ICTS, responsável pela investigação, acusa dois funcionários da área de tecnologia da informação de espionar o presidente da empresa.

O relatório aponta “indícios” de que Rogério Melzi, que foi presidente da Estácio até junho do ano passado, tem “relação direta” com o caso.

A ICTS concluiu que dois funcionários da área de TI aproveitaram uma troca corriqueira de computadores para “clonar” a máquina do presidente da empresa. Assim, eles tiveram acesso a todos os e-mails de Thompson, inclusive os pessoais. Um colega dos dois funcionários acusados fez a denúncia, e disse aos investigadores que os próprios funcionários diziam ter enviado os e-mails a Melzi. A Estácio fez uma queixa-crime na Delegacia de Crimes Eletrônicos do Rio de Janeiro, que investigará o caso. 

Kroton e Estácio anunciaram uma fusão no ano passado, e o negócio ainda precisa ser aprovado pelo Cade. 

A dignidade de Pedro Thompson, um jovem executivo de talento reconhecido por seus pares, não seria manchada por ação escusa de quem hoje é acusado por uma agencia de investigação. A excepcionalidade do jogo perigoso em defesa de interesses espúrios contra Thompson comprova isso.   

Agora, qualquer tipo de outras solicitações por pessoas ligadas à antiga administração de reputação pouco recomendada poderá sofrer também algum tipo de investigação.