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São Paulo, sua história política e seus profetas da dignidade

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Nos anos 30, São Paulo não aceitava a pobreza. Com a política do café com leite, tentou fazer a revolução para se separar do Brasil.

Quando se fala de São Paulo, não se fala dos paulistas. Se fala do poder econômico que São Paulo sempre deteve contra os interesses da população brasileira. A ponto de, naquele momento, ser o grande estado agrícola produtor de café e criador de gado com o sul de Minas Gerais. Diziam que a pobreza atrapalhava os ricos de São Paulo.

Esses ricos não sobreviveram. Criaram outros ricos com a estrutura de pedra da Fiesp do pato. Nunca aceitaram o trabalhismo de Getúlio Vargas. O PTB nunca teve força em São Paulo. A corrupção de Ademar de Barros levou aquele homem a ser o jocoso "rouba mas faz".

Em seguida, com a mania de querer moralizar os desmoralizados, determinados "segmentos empresariais" lançaram o famoso Jânio Quadros. Sua filha e seu neto buscam até hoje o dinheiro que deixou em bancos suíços. Só Eloá sabia. Tendo sofrido um derrame, sua filha e seus netos nunca conseguiram encontrar o que ele, demenciado, não conseguia dizer onde estava.

Nos anos da ditadura, uma primeira-dama patrocinou Paulo Maluf para presidente da Caixa e depois para prefeito de São Paulo. Em seguida, passou a ser um dos homens mais procurados pela Interpol, sem poder viajar ao exterior. No Brasil, afirma que nunca roubou.

Na abertura, o senador pobre Orestes Quércia se transforma, depois de ser governador, num biliardário empresário. Aos curiosos que duvidarem, basta procurar na Justiça de São Paulo seu inventário.

Celso Pitta, Jânio, Maluf, até políticos que foram no passado comunistas, motoristas de grandes ações de guerrilha, hoje são defensores do capitalismo paulista, não brasileiro. 

A crueldade é tão grande que um ministro paulista fez uma legislação que atinge estados produtores de petróleo e energia, prejudicando fundamentalmente o Rio de Janeiro no âmbito dos impostos.

E agora, de novo os empresários de São Paulo, com o pato, se proclamam profetas da dignidade.

São Paulo volta a ter o comportamento que sempre teve.