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Depois de roubar na saúde, Côrtes quer trabalhar em hospitais?

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O ex-secretário de Saúde do Rio, preso por desvios em sua pasta, agora pede à Justiça para que o libere para trabalhar em hospitais públicos.

"Vê-se que se trata de médico de altíssima qualificação preso preventivamente, onerando ainda mais os cofres públicos - afinal, cada preso, seja provisório, seja definitivo, representa custo ao Estado - quando poderia atender gratuitamente a população que hoje enfrenta além de outros problemas, a falta de médicos nos hospitais públicos do Estado", diz a petição do ex-secretário. 

As investigações iniciais apontam que o esquema de Côrtes na Saúde teria desviado R$ 300 milhões. Recentemente, uma troca de emails flagrada entre ele e um empresário que atuava no esquema mostrava Côrtes afirmando: "Nossas putarias têm que continuar"

Um homem que, como responsável pela Saúde do Estado, promove ilícitos desta ordem e faz afirmações deste nível, não pode atuar como médico. Só pode ter um desvio psicológico forte. Quando atuava como diretor do Into - onde também há denúncias de roubo - Côrtes chegou a acusar médicos de irregularidades. Alguns, acuados, tentaram até o suicídio.

Côrtes não pode trabalhar para o pobre, a não ser como doador de sangue - se seu sangue for normal.

Côrtes deveria sim trabalhar no esgoto e nos lixões, onde as bactérias que nascem do sucateamento e dos roubos na saúde se proliferam. Quantos pobres não morreram vítimas da falta de remédio e de mínimas condições em hospitais públicos para o tratamento?

Esse tipo de delinquente deveria estar com uma bola de ferro nos pés, ou quem sabe nas mãos, para que pudesse sentir o peso triste das mãos que tanto roubaram este estado.

Era o último prêmio que este delinquente que destruiu a saúde pública do Rio merecia receber: cinicamente, servir como médico.