ASSINE
search button

A evidência de que a Justiça protege o mercado e os ricos

Compartilhar

Se for verdade que a força-tarefa da Operação Lava Jato esteja estudando uma forma de preservar o mercado financeiro numa eventual delação do ex-ministro Antonio Palocci - como afirma a jornalista Monica Bergamo nesta segunda-feira (26) -, está evidenciado que a Justiça está mais preocupada em proteger os ricos.

De acordo com Bergamo, a ideia seria separar os bancos, como empresas, dos executivos que cometeram crimes. Estaria circulando já uma complexa negociação com os bancos antes ainda da divulgação completa dos termos da delação de Palocci. "Quando eles viessem a público, as instituições financeiras já teriam feito acordos de leniência com o Banco Central, pagando as multas e liquidando o assunto. Isso em tese evitaria turbulências de proporções ainda maiores do que as inevitáveis", diz a nota da jornalista.

O que causa estranheza é que, na hora de apresentar as delações que atingiram em cheio o cenário político, nas suas mais altas cúpulas, não houve qualquer preocupação com as consequências para as instituições do país. Parece, se esta informação for verdadeira, que é mais importante para a Justiça proteger o mercado financeiro e os ricos do que o país e o processo político nacional.