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A justiça, os ladrões ricos e os que nunca roubaram

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O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, presta depoimento nesta terça-feira (27), no Fórum do Rio de Janeiro, no processo sobre o cheque cidadão. 

Garotinho destaca que ele e sua mulher, Rosinha, estão sendo "vítimas de uma terrível injustiça e perseguição".

"Temos a confiança em Deus que a verdade prevalecerá e todos aqueles que mentiram serão desmascarados e a justiça prevalecerá", disse ele, em texto divulgado pela internet.

"Não roubamos dinheiro público e sempre procuramos agir em favor de todos, especialmente os mais necessitados. A acusação não é de corrupção e sim de ter autorizado a recomposição do número de beneficiado do programa social, afetado reduzido pela crise do petróleo", completou.

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O Brasil vive um achincalhamento moral de todos os segmentos institucionais, onde o roubo não favoreceu apenas pequenos segmentos da sociedade, destruiu não apenas uma cidade, mas o próprio povo brasileiro.

Se forem verdadeiras as denúncias de ontem, feitas pelo procurador-geral da República, onde claramente se sente a mistura de ódio e justiça, não serão nas próximas gerações que o Brasil sairá de sua crise. 

É vergonhoso o país atravessar este momento de tanta discussão moral, de segmentos destruídos, de país quebrado, de governantes envolvidos em corrupção nos últimos 30 anos, e segmentos da justiça ficarem se preocupando com aqueles que claramente não roubaram. Basta ver a forma como vivem eles e seus filhos: não viajam, não compram joias, não camuflam propriedades, moram como qualquer cidadão de classe média, tiveram o poder por décadas, puderam ser flagrados - como todos os que roubaram até agora foram - e nunca roubaram.