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Bolsonaro defende Guedes e diz não volta à campanha antes do 1º turno

Candidato deu primeira entrevista após ter sido esfaqueado

Reprodução/Facebook -
Jair Bolsonaro
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O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que Paulo Guedes "segue firme" como o nome responsável pelo seu programa econômico, após a polêmica envolvendo a questão da CPMF. A declaração foi dada à Folha de S. Paulo, em sua primeira entrevista após ter sido esfaqueado em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro.

"O Paulo segue firme", disse, após ter desmentido Guedes que defendera a volta da CPMF. O economista inclusive cancelou várias eventos em que falaria sobre o programa do candidato.

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Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Facebook)

A entrevista foi breve (quatro minutos), e concedida no quarto no hospital Albert Einstein, onde se recupera de duas cirurgias. "Foi barra pesada. Eu quase morri, estou aqui por um milagre. Mas estou bem, meu bom humor voltou", disse.

Ainda sobre Guedes, Bolsonaro falou: "Olha, ele não tem experiência política. O cara dá uma palestra de uma hora, fala uma coisa por segundas e a imprensa cai de porrada nele. Se ele usa a palavra IVA (Imposto de Valor Agregado) e não CPMF, não tem confusão nenhuma. Parece uma boa ideia. A alíquota única do IR é uma boa ideia", afirmou ele.

Bolsonaro falou ainda da sua recuperação: "Eu cumpro rigorosamente as ordens médicas. É impossível eu ir para a rua ou participar de debates antes do primeiro turno. Vou fazer participações pela internet", disse, acrescentando: "Acho que terei alta nos próximos dias, mas continuo com muito antibiótico."

O candidato reclamou da campanha do PSDB. "Vejo com muita tristeza o Geraldo Alckmin, uma pessoa em quem eu já votei. Ele pegou pesado. Eu não esperava isso dele, mas a verdade é que ele não é diferente do PT. Eu não tenho tempo para rebater esse festival de baixaria. Podia perguntar da merenda, da obra do Rodoanel, da Odebrecht. É covardia do Alckmin", disse.

Mais cedo, Bolsonaro havia divulgado um vídeo no qual mostrava sua recuperação e afirmava que, até o final do mês, estaria de alta.

Reprodução - Jair Bolsonaro