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Dilma inicia campanha no Rio com Pezão 'sem constrangimento'

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A presidente da República e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff participou de seu primeiro ato oficial de campanha no Rio de Janeiro ao lado do governador Luiz Fernando Pezão. "Sem constrangimento", garante o vice-prefeito do Rio e coordenador da campanha da petista em solo fluminense, Adílson Pires. Isso porque o candidato da legenda trabalhista no Estado, o senador Lindbergh Farias, não participa do jantar oferecido pelo PMDB à presidente e cerca de 60 prefeitos numa churrascaria na Baixada Fluminense, na noite desta quinta-feira. Os anfitriões do jantar (ou seja, os que estão pagando a conta) são os prefeitos Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Rodrigo Neves (Niterói) e Alexandre Cardoso (Duque de Caxias).

"Eu estive com o Lindbergh em Brasília no Congresso (Nacional) e informei desta proposta de agenda. E essa era a mais rápida de ser organizada", esclareceu Pires, que garante que a presidente da República, no Rio de Janeiro, terá encontros com os quatro candidatos. Além de Lindbergh e Pezão, Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRTB) também são da base de apoio de Dilma.

"Quando ocorrer outro evento, todo mundo vai reclamar de novo, mas faz parte do processo", afirmou o coordenador de Dilma no Rio, que indicou, em entrevista aos jornalistas antes do jantar, que a presidente deverá ter agenda pública com cada um dos quatro candidatos.

"O sudeste é prioridade para ela. Ela vai participar de debates, sabatinas. Com isso, acredito que ela vá ter pouca agenda", disse sobre a possibilidade de outros encontros com os candidatos. "E se abrir para um, terá que fazer com os outros também", complementou.

De acordo ainda com Pires, dois terços dos prefeitos do estado fluminense (92 no total) estão apoiando a chapa petista dentro da coalizão com o candidato do PMDB. "Ela foi a presidente que mais fez pelo Rio de Janeiro, estamos tranquilo", completou ainda. Frase que foi corroborada pelo prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso.

"Vamos lá, das dez grandes cidades (colégios eleitorais), Rio de Janeiro, Niterói, (Duque de) Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João do Meriti, Campos, Volta Redonda e Petrópolis, só essa última não está apoiando a presidente", enumerou. "Essa união dela com o Pezão garante 60% do eleitorado", garantiu.

Sobre o fato de alguns prefeitos que participam deste jantar organizado pelo PMDB, terem também marcado presença em cerimônia parecida, mas de apoio ao rival de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Cardoso reafirmou também que não houve clima de constrangimento. "Isso é normal, um prefeito pode participar de dois eventos como esse, eu não percebi nada", disse.

Nos bastidores, ficou um mal estar entre os prefeitos que, há cerca de um mês, participaram de um almoço da ala peemedebista que apoia o candidato tucano. Liderado por Jorge Picciani, o presidente estadual do PMDB, diversos prefeitos deram as caras em apoio ao senador mineiro. O movimento que ficou conhecido como "Aezão" se deu após a insistência do PT em lançar chapa própria no estado fluminense - desencadeando uma ala descontente liderada por Picciani.