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Empreiteiras: um histórico de escândalos que abala o país há décadas

Reportagem dos anos 80 da revista 'Veja' já trazia extenso levantamento de casos de corrupção

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Os mesmos escândalos e seus protagonistas já citados pelo Jornal do Brasil em diversas reportagens e editoriais vêm destruindo o país e abalam seu povo sofrido há mais de 60 anos.

Senão, vejamos:

Em 20 de maio de 1987, a revista Veja publicou extensa reportagem, que não leva assinatura mas que se deve creditar ao diretor de redação e à sua equipe, que é uma verdadeira obra-prima sobre a corrupção que havia naquele momento.

Em 1987, o Brasil só tinha 120 milhões de habitantes, segundo o IBGE. Levando-se em consideração que 10% desta população morreu, pode-se chegar à conclusão de que, hoje, metade dos brasileiros sequer ouviu falar dos escândalos citados na reportagem. E é bom que conheçam.

Também em 1987, no dia 13 de maio, o jornalista Jânio de Freitas, em um furo de reportagem publicado na Folha de S. Paulo, revelava que havia sido fraudulenta e determinada por corrupção a concorrência pública, cujos resultados o governo havia divulgado na noite anterior, para construção da ferrovia Maranhão-Brasília (ou Norte-Sul). 

Folha havia publicado os 18 vencedores, disfarçadamente, cinco dias antes, quando os envelopes com as propostas concorrentes ainda não haviam sido abertos pela estatal Valec e pelo Ministério dos Transportes. Veja a reportagem:

O texto da reportagem Veja, que parte deste escândalo revelado pela Folha de S. Paulo, cita até Juscelino Kubitschek quando diz: "Nos últimos vinte anos, o desenvolvimentismo do qual a maior expressão foi o presidente Juscelino Kubitschek transformou construtoras antes muito modestas em potências de nível internacional (...) O fenômeno é tanto maior quanto se sabe que a Andrade Gutierrez tinha um único trator nos anos 40, quando ela foi criada".

O JB, dando crédito à revista Veja, publica a seguir a magnífica reportagem. O que se deve perceber no texto é a importância que os donos de construtoras tinham com o presidente da República no período desses escândalos. O que há de se salientar no governo atual é que a promiscuidade que havia entre presidente da República e presidentes de empreiteiras sofreu um downgrade para presidentes de estatais e presidentes de empreiteiras. A "qualidade" da corrupção piorou muito no aspecto ético.

>> Clique aqui e veja a reportagem completa (espere carregar)