O senador Lindbergh Farias (PT) estará nesta segunda-feira, dia 6, às
10 horas, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. O
parlamentar atendeu um pedido do presidente da instituição sindical, Silvio
Campos. A ideia do encontro é esclarecer
a situação do Projeto de Lei 4.330 (Terceirização), que precariza os contratos
e prejudica os direitos dos trabalhadores.
Primeiramente, o senador terá um encontro com a diretoria e assessores do sindicato. Em seguida, deverá seguir para a Passagem Superior da Usina Presidente Vargas, para falar no caminhão de som do sindicato com os trabalhadores.
“Fui a Brasília convidar os senadores para vir ao sindicato para discutir como barrar o projeto de lei da Terceirização, que precariza os direitos trabalhistas. Para a CSN, a terceirização seria um caos. No mês passado, todos os principais sindicatos do país se reuniram em Goiás e ficou definido que os sindicatos locais iriam pressionar os senadores a votarem contra o PL 4330. Aqui no Rio, os três senadores garantiram que vão votar contra o projeto da terceirização. Fizemos nossa parte”, afirma Silvio Campos.
Os terceirizados vão encarar maior jornada semanal de trabalho e maior rotatividade (64,4% contra 33% dos diretos). Segundo dados, o tempo de permanência no emprego era de 2,7 anos contra 5,8 anos para os trabalhadores diretos. Outro ponto a ressaltar é a fragilização da organização dos trabalhadores, já que vai possibilitar a criação de sindicatos por empresas e não de categoria.
Hoje, há no país 12 milhões de trabalhadores em empresas terceirizadas. Com a PL 4330, esse número vai triplicar, passando para mais de 35 milhões. Dados do Diesse mostram que as empresas terceirizadas são as que mais burlam o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS), há maior número de acidentes de trabalho e são as empresas campeãs em processos trabalhistas. “Quando é o sentido disso? Precarizar”, finaliza Campos.