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Lava Jato investigou familiares e assessores de ministros do STF

Vazamento de citação a Toffoli em delação seria retaliação dentro do MPF a Janot

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Além do ministro Dias Toffoli, procuradores da Lava Jato investigaram, pelo menos, familiares e assessores de dois outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo desta quinta-feira (25). Essa informação já está em poder da Corte Suprema e do governo interino de Michel Temer, que acompanha de perto a crise que se abateu sobre as duas instituições nos últimos dias.

Uma das origens da crise surgida a partir de uma suposta citação ao ministro Toffoli na delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro está dentro do próprio Ministério Público Federal. De acordo com a coluna, há um racha entre os procuradores da Lava Jato em Curitiba e os procuradores de Brasília. Neste lado, está o chefe do MPF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que teria sido contra a inclusão de Toffoli na delação. De outro lado, estão os procuradores do Paraná, que ficaram insatisfeitos com a exclusão do nome do magistério.

Ainda segundo a coluna, essa divergência explica o vazamento para a imprensa da suposta ligação entre o empreiteiro da OAS e o ministro Toffoli. Diante da decisão de Janot de excluir o nome de Toffoli do acordo, procuradores da Lava Jato em Curitiba teriam vazado o nome do magistrado para a imprensa, com o objetivo de dar publicidade ao fato. Essa é a desconfiança de Janot sobre a origem do vazamento. Mas o PGR acredita, também, que a própria OAS possa estar por trás da divulgação do nome de Toffoli, depois que Janot suspendeu o acordo com o empreiteiro. 

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