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MPF pede a Moro suspensão de benefícios a Paulo Roberto Costa

Ex-diretor teria mentido em delação, quebrando o acordo firmado com a Justiça

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O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao juiz federal Sérgio Moro a suspensão dos benefícios de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, além de sua condenação a prisão. O argumento é de que ele teria mentido em sua colaboração, o que teria como consequência a quebra do acordo firmado com a Justiça Federal.

De acordo com o procurador Deltan Dallagnol, o confronto dos depoimentos de Costa e de sua filha Arianna teria mostrado contradições e omissões. Familiares do ex-diretor respondem por ocultação de provas da empresa Costa Global, em março de 2014, horas antes dos investigadores da Lava-Jato fazerem buscas no local. Os procuradores querem que Costa responda com base na lei de organizações criminosas. Pelo texto, a pena mínima é de três anos podendo chegar até oito. 

Costa, que revelou o esquema de corrupção na Petrobras, foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele passou cinco meses preso, sendo então liberado para cumprir prisão domiciliar por um ano, com tornozeleira eletrônica.

Sem dinheiro

Paulo Roberto Costa afirmou ao juiz Sérgio Moro, na quinta-feira (16), por meio de uma petição, que não tem mais dinheiro para gastar com a passagem de avião do trecho Rio-Curitiba e depor como testemunha na Lava Jato. Seus advogados lembram que suas contas estão bloqueadas, e pedem que seu depoimento seja feito por videoconferência.

Costa foi arrolado para depor no dia 9 de março, em ação contra o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), sua mulher Adriana Ancelmo e outros cinco acusados em investigação sobre o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).