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Manifestantes convocam novo ato contra as reformas para o Dia do Trabalhador

Em SP, apesar de veto de Dória, CUT mantém manifestação na Avenida Paulista

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Após a forte adesão aos protestos da última sexta-feira (28) no dia em que o país se mobilizou em uma greve geral contra as reformas da Previdência e trabalhistas propostas pelo governo federal, os manifestantes se preparam para um novo ato marcado para a próxima segunda-feira (1º), data simbólica por ser considerada o Dia do Trabalhador brasileiro. Nas principais cidades do país os manifestantes e as centrais sindicais irão se reunir para protestar contra as mudanças, que, de acordo com eles, fere os direitos trabalhistas.

No Rio, o ato está marcado para às 11h, na Cinelândia, região central da cidade. Palco de diversas manifestações que entraram para a história como a dos Cara Pintada e as manifestações de 2013. Apoiado por lideranças políticas de oposição ao governo Temer, o ato promete lutar contra as reformas e contra a repressão policial, vista durante as manifestações do último dia 28 de abril.

O deputado Marcelo Freixo (Psol) usou seu perfil nas redes sociais para convocar a população a se juntar ao ato: "Nesta segunda-feira, primeiro de maio, dia do trabalhador e da trabalhadora: vamos para a rua contra as reformas! Chama geral e vem...", publicou o deputado.

Em São Paulo, mesmo após o prefeito João Dória (PSDB) determinar que o evento não poderia ocorrer na Avenida Paulista, que fica fechada nos domingos e feriados para o lazer dos moradores, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) decidiu manter o ato na região. Segundo a CUT, o local foi definido desde o dia 21 de março, quando foi enviado um ofício à prefeitura regional da Sé, comunicando sobre o evento.

No último sábado (29), o prefeito disse durante compromisso de agenda que se opõe ao ato. "A [avenida] Paulista não é uma questão de liberação da prefeitura. A legislação impede, ou seja, a lei impede. Tem um TAC [termo de ajuste de conduta] feito entre Ministério Público, Tribunal de Justiça e Prefeitura de São Paulo", disse Doria.

Para a organização do ato, a restrição imposta por João Dória não têm argumento legal por não se tratar de um evento, mas sim de uma manifestação popular. "O 1º de maio não é um evento, mas uma manifestação, como outras que ocorrem quase toda semana na avenida Paulista”, disse Raimundo Bonfim, coordenador de movimentos populares da CUT.